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Um aprendizado perene

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Ei, ei, acorda… Poderia ser um pesadelo, mas não é. Desde o dia 17 de novembro do ano passado, data da primeira infecção conhecida da Covid-19 na província de Hubei, na China, o mundo vem passando por uma longa e interminável transformação. Uma pandemia que atinge a todas as camadas sociais da população, destrói economias e, o mais triste, acaba com a vida de pessoas, que, em sua maioria, são pessoas sem informação adequada e sem acesso a um sistema de saúde digno.

Umas das principais discussões feitas pelos detentores do poder é sobre a economia, sobre como voltar ao normal. Mas acredite: não existe mais normal. Tire da sua cabeça que tudo será como antes, pois não será. Diversos países já entraram em recessão, e muitos economistas afirmam que a economia global deverá dar passos de tartaruga até se recuperar das perdas da crise provocada pelo coronavírus.

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O tão falado isolamento social, para uns, existe, já outros continuam levando sua vida normalmente, fazendo seus encontros familiares, churrasquinho de domingo e indo à feira comer um pastel. Abra o olho, cidadão! O poderoso que reside no Palácio da Alvorada passa uma ideia à população de que se trata de um mísero resfriado e pede para o sofrido povo brasileiro voltar às ruas e ao trabalho. Atitudes como esta fazem com que o Brasil fique sem rumo, e o povo, cada vez mais, fique sem norte; e a imagem brasileira se deteriora na visão de investidores internacionais. Uma bola de neve que só aumenta: sistema de saúde em colapso, economia em recessão, desemprego cada vez maior e uma crise política sem fim. Será que temos salvação? Será que teremos um amanhã?

Para quem gosta de filmes ou séries de ficção, pensar em um mundo pós-apocalíptico é fácil, mas a nossa realidade é bem diferente das ficções de Hollywood. Podemos começar hoje o que queremos para o nosso amanhã. Pense em quantos ensinamentos você teve nesses dias de quarentena, olhe os erros e os acertos que teve, faça uma reflexão e não cometa os erros novamente, pois suas atitudes podem impactar não só em você, mas em toda a população.

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Penso que seja melhor esperar três meses para dar um abraço do que ficar a distância velando um caixão lacrado. Há milhares de anos, muitos ensinamentos nos foram passados, mas as pessoas teimam a não seguir e a deixar seu ego falar mais forte. Pessoas tolas, com sua avareza, cada vez mais tendem a ter apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os em vez de um bem coletivo.

Nunca é tarde para mudar. Estamos experimentando novas ideias, e muitas irão continuar pós-pandemia. Muitos alunos estão fazendo educação a distância; o consumo passou a ser só o essencial, provando uma tendência mundial de que daqui em diante será do “menos é mais”; temos também o tão falado trabalho em home office, que daqui para frente pode se tornar habitual para muitos brasileiros.

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Esses são apenas alguns exemplos de como o mundo está se transformando e poderá vir a ser daqui em diante pós-Covid-19, mas tudo vai depender de todos nós, como iremos lidar e reagir a tudo isso que estamos vivendo. Pense e reflita, mude suas atitudes, olhe para o próximo, pois amanhã talvez ele não esteja mais ao seu lado.

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