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O desenvolvimento de Juiz de Fora (II)

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Continuando meus comentários sobre o desenvolvimento de Juiz de Fora, vou contar o caso da desistência da Peugeot Automóveis de se localizar no município. Antes de essa empresa automobilística de origem francesa desistir de se localizar aqui e, depois, fazer a opção pelo Estado de Rio de Janeiro, mostrarei um caso típico da falta de boas lideranças políticas que deixam de criar uma infinidade de rendas e bons empregos. E claro que grandes projetos como a Fiat Automóveis dependem de bons trabalhos e imaginações das lideranças. Ela só veio para Minas Gerais porque o saudoso governador Rondon Pacheco viajou até a Itália para convencer o então presidente da Fiat Italiana, Giovani Agneli, a vir até Minas Gerais conhecer nosso estado e assinar o então protocolo de intenções para a construção daquela montadora. De um protocolo assinado na Associação Comercial de Minas, localizada na Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, nasceu nossa mais importante empresa daquela época. Fica claro que grandes projetos só conseguem acontecer depois de imenso trabalho das lideranças políticas locais.

No caso dessa empresa francesa, participei ativamente do processo técnico de escolha da área onde poderia ela ser localizada. O local escolhido foi um terrano de, aproximadamente, dois milhões de metros quadrados, equivalentes ao Distrito Industrial II, onde se localizou a Mercedes-Benz. Era logo depois do distrito de Valadares, a cerca de 20km da malha urbana, às márgens da rodovia que liga Juiz de Fora a Caxambu, no Sul de Minas. A Peugeot, gostando da área, realizou cerca de três ou quatro sondagens no terreno para verificar as resistências do solo e a possibilidade de obtenção de água, energia elétrica e outros requisitos. É claro que ela exigiria da Prefeitura de Juiz de Fora bons acessos ao local, talvez participações no capital, incentivos fiscais, etc. No Estado do Rio de Janeiro, além de excelentes apoios técnico e político, também viabilizou as doações do terreno, incentivos fiscais e financeiros, etc. Tudo com a rapidez exigida pelas grandes empresas como ela. Enfim, encontrou no estado do Rio tudo o que necessitava e com as velocidades de atendimento, rapidez das decisões, etc. Foi mais um fracasso de Juiz de Fora e do governo mineiro. Com o problema mineiro, depois da Iveco, fábrica de caminhões localizada em Sete Lagoas, a própria Fiat decidiu apostar em outro estado para localizar outra empresa do grupo, a Jeep, construindo no Estado de Pernambuco a nova unidade que vem dando muito certo e bons resultados financeiros.

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Na atualidade, embora ausente dos projetos decisórios mineiros, vejo com atenção e torcida os projetos de desenvolvimento da prefeita Margarida Salomão quando tenta trazer e localizar em Juiz de Fora boas empresas. No início deste ano, deve já fazer intervenções para estabelecer por aqui bons projetos. Por ser também exportadora, a empresa Braspell deve iniciar as necessárias intervenções técnicas e desembaraços de produtos necessários para estabelecer no município seu projeto industrial. Juiz de Fora tem um porto seco, e é até bom, mas não será o suficiente. Outra ajuda importante é o Aeroporto Itamar Franco, localizado entre os municípios de Goianá e Rio Novo, porque permite receber aeronaves de médio porte como os Boeings 337, Air Buss A 319 e A 320 e outros. Vamos continuar nossa torcida para que tudo possa ser totalmente um sucesso.

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