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A praga da má política

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Depois de quase dois anos, vamos vencendo a pandemia. Ainda não superamos nossas dificuldades, nossos traumas, nossas dores nem temos o direito de relaxarmos em nossos cuidados, apesar dos apelos de alguns irresponsáveis para que tudo volte ao normal antigo, como se no mundo não existisse um novo normal.

Aqui em nosso país tropical, dizem, abençoado por Deus, as coisas não são tão simples assim. Se vamos superando a crise do coronavírus, estamos longe, muito longe ainda, de vencer a praga da má política, algo que nos aflige desde sempre. E se deixamos para trás uma crise sanitária, em 2022, veremos recrudescer a crise política, que, desde agora, mesmo que ainda tímida pela desarticulação da oposição, já provoca estragos na economia.

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Aliás, precisamos, todos nós, fazer a “mea culpa” necessária e assumir que a crise da economia já não é culpa do coronavírus. A culpa é, sim, de uma insegurança política que alimenta temores e esperteza dos agentes econômicos – nacionais e internacionais – com a conta sendo dependurada nas costas do cidadão comum.

E já são milhões os que, curvados pela barriga vazia, carregam nas costas a conta dos maus políticos, que, a bem da verdade, foram eleitos pelos maus eleitores. É preciso que todos, espertos e distraídos, se conscientizem de que é preciso desacelerar essa crise. Trabalhar a disputa em bom nível, pois, quanto maiores a crise e o radicalismo em 2022, maior será seu reflexo nos anos seguintes. Conhecemos esse roteiro de anos anteriores, mas, estranho, insistimos em segui-lo. Já passa da hora de termos juízo.

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