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Jogando o tapete para baixo da poeira

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Arrumar a casa pode ser um grande desafio quando a desorganização já tomou conta do espaço. Mesmo com os inúmeros produtos de limpeza disponíveis no mercado, ainda assim, continua sendo uma tarefa complexa, pois é preciso lidar com orçamento (in)suficiente, tempo hábil para o serviço, quais são as marcas e os seus componentes mais adequados e como executar a faxina. Essas são questões que orbitam o processo.

As donas de casa mais tradicionais já trazem consigo suas marcas de produtos favoritos e um jeito próprio de trabalhar, ocasionando, muitas vezes, um conflito com as novas donas de casa, que buscam outras formas de fazer esse serviço.

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Enquanto essas disputas são alimentadas, o foco do problema fica em segundo plano, não se questiona o como reduzir a sujeira ou, de forma mais prática, o que será feito de imediato para arrumar a casa.

Atualmente, percebemos fato similar no campo educacional, pois inúmeros desafios foram postos diante dos professores devido à impossibilidade do ensino presencial. Contudo o debate esteve em torno do “levar o ensino tradicional para o mundo digital” versus “é preciso adaptar as formas de trabalho”, nesse sentido, reduzindo todo o trabalho docente e o universo escolar apenas ao processo de ensino/instrução.

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É certo que a escola precisa se reinventar e entrar de fato no novo milênio, contudo é preciso ter a sua base bem cuidada, ter o seu chão bem limpo e os seus cômodos organizados, pois historicamente ela se ocupou em resolver ou apaziguar problemas que não são inerentes a ela, mas que influenciam no seu fazer.

Portanto, é necessário que esse ambiente (real ou virtual) seja de fato vivo, atrativo e dinâmico, proporcionando aos professores e alunos vivências que desenvolverão cidadãos plenos, ativos e participantes na vida social, política e econômica do país. Para que de fato a escola cumpra o seu papel social e não se perca tentando esconder a poeira que toma conta de suas salas.

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