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7 de setembro – a vida em primeiro lugar

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O Grito dos Excluídos, realizado desde 1995 no dia 7 de setembro, com atos e manifestações descentralizadas em todo o país, promovido pela Igreja Católica, tem como lema “Vida em primeiro lugar”. Será uma congregação que vai de ativistas do meio ambiente a pequenos agricultores; de religiosos e outros agentes de pastorais a movimentos de trabalhadores, como os militantes dos movimentos Sem Terra (MST), Sem Teto (MTST) e centrais sindicais.

Para o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Valdeci Santos Mendes, isso ocorre, de fato, por tudo que é negado no Brasil, “o direito à vida e essa derrubada dos direitos conquistados”.

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Dom José Valdeci é direto na sua manifestação. Para ele, que é bispo da diocese de Brejo (MA), não há como se realizar um movimento que desde sua origem se propôs a ser um contraponto às tradicionais manifestações “cívicas” que marcam o 7 de setembro sem pedir um fim às injustiças impostas por este governo. Para o religioso, o atual governo não representa os interesses populares, e a denúncia que será realizada pela 27ª edição do Grito dos Excluídos é “um compromisso para uma sociedade mais justa e mais fraterna”.

Em janeiro deste ano, o bispo protocolou com outras lideranças religiosas um pedido de impeachment junto à presidência da Câmara dos Deputados. O prelado, no entanto, deixou claro que a iniciativa foi pessoal e seguindo a sua consciência diante do que entendeu ser atitudes nocivas do presidente da República à sociedade. Em especial, destacou, a conduta do mandatário em relação à crise sanitária da Covid-19 no país.

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Em uma Carta de Orientações da Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos, o movimento ressalta que a iniciativa “mudou a cara do 7 de setembro e da Semana da Pátria, chamando o povo para descer das arquibancadas dos desfiles cívicos e militares e participar, ativamente, na luta por seus direitos, nas ruas e nas praças, nos centros e nas periferias de todo o Brasil”.

Além de lembrar a importância de se tomar os cuidados necessários na atividade para evitar contágios, o documento registra o que motiva a necessidade de saída às ruas.

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Entre questões que envolvem o enfrentamento da pandemia, corrupção, desemprego, a carta evidencia “a cultura do ódio disseminada pelo Governo federal e seus aliados”. No entendimento dos organizadores do Grito dos Excluídos, o Governo Bolsonaro ataca e retira os direitos humanos de mulheres, comunidades LGBTQIA+, negras indígenas, quilombolas, pessoas portadoras de deficiência e trabalhadores de setores excluídos da sociedade.
Nesse momento, o cristão precisa se posicionar: queremos feijão, e não fuzil.

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