Hoje (sábado, dia 30 de julho), bem cedo, próximo às faculdades de Direito, Administração, Pedagogia e Comunicação, além de boa parte da Praça Cívica, dezenas de jovens embriagados, alguns visivelmente sob a influência de drogas, inclusive menores (meninos e meninas), descartavam garrafas e copos de bebidas em todos os lugares possíveis e imaginados. Alguns urinavam na cerca viva rente ao passeio; outros gritavam palavrões e eram agressivos com os transeuntes. Os carros estacionados na faixa seletiva impediam a movimentação de quem estava ali para caminhar ou pedalar.
Os seguranças, educados e presentes, sentiam-se impotentes para tentar colocar ordem “na casa”, até porque suas atribuições são restritas à preservação do patrimônio da UFJF, que, mesmo assim, tem sido constantemente dilapidado por vândalos infiltrados nestes festejos.
Não nos esqueçamos da adolescente de 17 anos que teria sido violentada em comemoração de calouros nas dependências da UFJF em 2012, um acontecimento trágico e que levou à proibição de festas no campus por um bom tempo. Mas, ao que tudo indica, a atual administração se esqueceu desse episódio e parece ter como política uma abertura total e geral dos espaços da UFJF, muitas vezes, sem relação com a pesquisa, o ensino e a extensão.
Acredito que a maioria defende o uso do espaço da UFJF para todos os segmentos, vale dizer, para a comunidade acadêmica e população em geral, contudo, de modo ordeiro, com limites e regras precisas. Muito me incomoda o barulho ensurdecedor dos carros, motos e ambulâncias que transitam o dia todo pelo anel viário (está ficando cada vez mais difícil trabalhar e estudar na UFJF), outra questão que até o presente momento nenhum reitor ou reitora se dispôs a enfrentar (transferem a responsabilidade para o poder municipal, estadual, federal, etc.). O ambiente no Campus da UFJF está se transformando… para pior. A verdade é essa, e isso é triste.