Na edição de 12 de junho último, a Tribuna de Minas noticiou que a Empresa Brasileira de Infraestrutura (Infraero) assumirá os desafios – que irão, com certeza, acontecer – de fazer as obras necessárias e administrar o aeroporto Francisco Álvares de Assis, o nosso querido Serrinha. Se, por um lado, a prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, cumpriu o que prometeu, por outra visão, os olhares da população passarão a ser em direção a essa respeitável empresa federal que já administra vários aeroportos do Brasil.
Sempre que me refiro ao Serrinha, me lembro sempre do artigo publicado na Tribuna pelo ex-secretário municipal de desenvolvimento local João Matos, que, como empresário e conhecedor dos problemas daquele simples e antigo aeroporto de Juiz de Fora, listou uma série de investimentos que seriam necessários ali, como reformas totais do balizamento, drenagens na pista, implantação e reforma de moderna estação meteorológica, implantação e reforma de uma moderna e confortável estação de passageiros, reformas do setor de cargas aeronáuticas e outras coisas mais. Estimou na sua época em mais de R$ 6 milhões os possíveis custos futuros dessa infraestrutura. Pelo que podemos ver, muito dinheiro terá que ser provisionado.
Se a Infraero cumprirá com a experiência e o prestígio que tem, dela espera-se muito, como obter no futuro operações de empresas como a Azul, que já faz isso entre o aeroporto Itamar Franco e o aeroporto internacional de Campinas, inclusive, levando passageiros dali para a capital paulista gratuitamente. Em princípio, vamos aplaudir o trabalho da nova administradora do Serrinha. Vai ter ela um novo desafio pela frente. Fica claro que ela só poderá fazer aquilo que for possível. Os vereadores de Juiz de Fora e a sua prefeita estavam ficando cansados ao serem cobrados pela falta de voos daqui para São Paulo e até para outras localidades.
No passado, Juiz de Fora, pelo Serrinha, voava para São Paulo pela Trip, e, embora enfrentasse contratempos quando o mau tempo não ajudava os passageiros, os pilotos que trabalhavam nessa linha sempre acusavam ter medo de pousar ou levantar voo do nosso pequeno e antigo aeroporto. Não custa nada lembrar o desastre com a TAM, que não conseguiu frear uma aeronave que se espatifou no prédio daquela empresa, matando todos os passageiros e alguns funcionários que estavam trabalhando naquele momento. No caso do Serrinha, com pista menor e se os freios não funcionassem no momento da aterrissagem, nem é bom pensar naquilo que poderia acontecer.