Buscando um pouco mais desprender o raciocínio, despindo de preconceitos, e dilatar sobre as reflexões da existência pessoal, cada um busca o seu caminho para a felicidade. Tais buscas e encontros ocorrem como resultados naturais da consciência de vida. Não exatamente de uma conscientização, mas do simples fato de pensarmos em nossa individualidade. Quem sou? Naturalmente que as respostas nos venham de mãos dadas com as religiões, retiradas dos ensinamentos formais, e, em um misto de satisfação e dúvidas, tendemos a transferir para as respectivas religiões e a seus representantes mais próximos a nós todas as responsabilidades dos testemunhos de fé que nos confortem e consolem.
Os católicos romanos rodeiam seus sacerdotes com pompas e obrigações como intermediários de Deus. Os espíritas responsabilizam os médiuns e doutrinadores pelas respostas para a aquisição de um mundo feliz e curas prodigiosas. Os protestantes e evangélicos atribuem aos pastores as mais rígidas regulações de conduta determinadas pelas escrituras.
Toda religião é uma busca sincera na intenção de religar o ser humano à sua origem espiritual que é Deus. Mas nenhum padre, nenhum médium ou pastor é gigante o suficiente para trazer para si a força modelar de toda a humanidade. Somos espíritos individuais, dotados de livre-arbítrio e consequente responsabilidade pelas escolhas, o que torna urgente considerar que, mesmo com todo o amparo divino, o testemunho de cada cristão na luta humana é dever de todos indistintamente: “A cada um segundo suas obras”.
Cada um de nós é chamado à vida terrena, pela Providência Divina, segundo nossas obras, méritos e deméritos no passado, de modo a retomar a caminhada planetária, através da reencarnação na corrigenda e na superação das falhas, rumo ao aperfeiçoamento.
Não importa para Deus a profissão que exerça desde que com dignidade. Nada para Ele significa o status social, a cor da pele, se rico ou miserável, poderoso ou insignificante para o mundo. Todos nós viventes, neste planeta, igualmente vivemos a obra de Deus e, valendo-nos desta obra, que nos é apresentada dia a dia, para nossas experiências de engrandecimento maior que é a felicidade a ser alcançada, cabe-nos zelar pelo patrimônio divino que nos é concedido temporariamente pelo Pai, que é a própria vida.
Necessário se faz, portanto, que cada um conheça e assuma o que lhe toca a felicidade individual de espírito eterno para o bem comum, assegurando a dignidade dos deveres pessoais sem que se afaste por milímetros ou alguns instantes das lições do Cristo, reparando para que, nas pequenas exigências de cada dia, possamos atender aos chamados vindos pelas emanações de amor e paz daquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida: Jesus.