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O desenvolvimento de Juiz de Fora (IV)

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Finalizando os comentários a respeito da entrevista da prefeita de Juiz de Fora para melhorar as condições de vida de sua população, ela mencionou outros problemas a enfrentar. Entre outros, destaca-se o caso do Hospital Regional, necessário para uso de toda a população da Zona da Mata, que, infelizmente, teve suas obras paralisadas e necessita urgentemente ser terminado. O Município pretende resolver o problema através da doação do terreno onde está localizado o empreendimento, em troca da quitação, pelo Estado, da dívida com o Governo no valor de R$ 131 milhões, o que não é pouco. Além disso, o Governo mineiro deve se comprometer a terminar esse empreendimento com obras paralisadas e teria que dotar o hospital dos equipamentos necessários a seu funcionamento. Isso também envolve mais recursos.

Arranjar outras maneiras de obter dinheiro adicional não seria problema da Prefeitura local, mas do Governo do estado. A construção de outras Unidades Básicas de Saúde (UBS) é também importante. O problema é que uma Prefeitura com recursos “nos limites” pode ter também dificuldades em equacionar esse caso, uma vez que as localidades possíveis de edificá-las, talvez, até disponíveis, são consideradas por alguns de pequenas dimensões. Fazer desapropriações de outros imóveis também envolve problemas de dinheiro, negociações políticas, etc.

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Problemas urbanos como a construção de viadutos e passarelas encontrarão sempre obstáculos políticos e econômicos. A malha ferroviária que envolve Juiz de Fora existe desde que o município foi construído. O problema das intervenções viárias quando envolvem ferrovias sempre foi difícil de resolver. Uma grande parte das cidades brasileiras passou a existir a partir da construção dos trilhos ferroviários. A construção de desvios para se evitar a malha urbana é, na prática, extremamente difícil de ser feita.

Edificação de residências em terrenos que não fizeram parte dos planejamentos urbanos sempre foi e continua trazendo problemas. Hoje em dia, as prefeituras não deveriam aprovar construções de residências fora dos planejamentos e da aprovação de novos loteamentos. O que vemos nas televisões são pessoas reclamando da não existência de esgotos sanitários, calçamentos, colocações de meios-fios pelas prefeituras. Quando compraram seus lotes, muitas pessoas não viram isso. Depois começam a cobrar dos prefeitos várias coisas, que só poderão acontecer depois de uma grande luta política para se conseguir obras. Para atender novas demandas, os municípios necessitam de recursos, e esses só podem ser obtidos através de duas coisas: ou do lançamento de novos impostos, ou dos desvios de um recurso destinado a um local para ser utilizado em outro no momento das aprovações dos orçamentos anuais. Obter dinheiro através de novas dívidas é outro obstáculo.

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