“Então lhe apresentaram uns meninos para que os tocasse; mas os discípulos ameaçavam os que lho apresentavam. O que, vendo Jesus, levou-o muito a mal, e disse-lhes: Deixai vir a mim os pequeninos, e não os embaraceis, porque o Reino de Deus é daqueles que se lhes assemelham. Em verdade vos digo que todo aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança não entrará nele. E abraçando-os, e pondo as mãos sobre eles, os abençoava” (Marcos, X: 13-16).
Jesus tem o alimento que fortifica os fracos, que ilumina os que desconhecem, que acalma os aflitos. Que bálsamo é esse? Que virtude é essa que cura? O amor, a caridade.
É sobre esse amor que é preciso refletir. Como buscar esse sentimento num mundo tão carente dele, onde crescem a violência e os desentendimentos?
Nada melhor, então, do que cultivar o amor nos lares, núcleos da sociedade. Cuidar dos pequeninos para que cresçam com referencial no bem. É preciso resgatar na convivência diária o exercício do amor ao próximo, conforme ensinou Jesus: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amo”.
Em geral, as políticas públicas não dão conta desse cuidado com as crianças, que ainda estão nas ruas, que ainda são exploradas e sofrem violência. Diante disso, que homens serão formados? Que sociedade vem se organizando ou se perpetua? É possível um futuro diferente da realidade que se apresenta?
A mudança parte de cada indivíduo, a começar do lar, escola primeira, para se estender à sociedade. “Deixai vir a mim os pequeninos” chama ao cuidado que os adultos precisam ter com as crianças, dar-lhes exemplos e referenciais seguros.
Além disso, o ensinamento de Jesus, na passagem citada, apresenta à humanidade o caminho para a felicidade. Tomando a infância como símbolo da pureza de coração, da humildade e da simplicidade, exclui a ideia do orgulho e do egoísmo, para todos que desejarem segui-lo, já que o Reino de Deus é para as crianças, mas também para aqueles que se assemelham a elas.
Na orientação e proteção à criança e à família, destaca-se d. Isabel Salomão de Campos, que ao longo dos muitos anos de trabalho fraterno, cuida das crianças de outras mães. O Lar do Caminho, junto à sua residência, ampara menores em risco social. Orientando sobre a busca do equilíbrio da sociedade, d. Isabel esclarece: “Proteger a criança, educar o jovem e cuidar do ser humano, fazendo cumprir a lei, respeitando a Justiça. Precisamos informar à humanidade que Deus existe, independentemente da sua religião. Deus é Pai de todos nós. A Divina Lei não falha”.
Vivenciemos o amor ao próximo e revelemos às crianças, através de atitudes edificantes, o Caminho, a Verdade e a Vida.
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