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Juiz de Fora – 171 anos

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Quando, no século XVII, Garcia Rodrigues Paes passou por esses rincões construindo o Caminho Novo, estava apenas atendendo à ganância de Portugal pelo ouro. Não se imaginaria que, 300 anos depois, nesse local, existiria uma pujante metrópole chamada Juiz de Fora.

Três séculos é pouco, se considerarmos o tempo em sua plenitude. O que aconteceu nesse sítio para que houvesse essa grande transformação? Por que aqui, nesse local? Por que os outros terrenos ao entorno não obtiveram esse desenvolvimento?

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É óbvio que fatores naturais (geografia, clima etc.) influenciaram, mas, principalmente, as pessoas é que fizeram essa história, com muito “suor e lágrimas”, com enorme esforço intelectual, com inteligência, dedicação e perseverança.

Diversos incidentes ocorreram, muitos deles com força suficiente para mudar o rumo de nossa história. O café, que foi a base de nossa economia lá no começo, na época dos barões, acabou no despontar do século XX. Vieram os imigrantes: alemães, italianos, árabes e portugueses da geração Salazar, que, junto com os afrodescendentes que aqui já estavam, formaram a força de trabalho que a cidade precisava para se desenvolver. Formaram-se gerações de industriais e de operários, até que, no decorrer do século XX, vão-se embora as fábricas de tecidos, depois as malharias, as fábricas de calçados e tantas outras.

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Chegamos, enfim, nos dias atuais (século XXI), com predominância do setor de serviços na nossa economia.

Se o barão de Bertioga não tivesse fundado a Santa Casa e se não houvesse uma faculdade de medicina, essa cidade não seria referência regional em saúde; se não existisse uma Academia de Comércio, um Granbery, um colégio Santa Catarina e a UFJF, não seriamos um polo regional em educação.

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Uma cidade é construída pelos homens, seus enormes esforços e suas coragens. Os bens materiais são apenas as partes visíveis de suas realizações.

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