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Campanha nas ruas

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Seguindo as regras da Justiça Eleitoral, a campanha política começou nesse fim de semana com uma série de ações dos candidatos. Nada de novo, pois é do jogo apresentar suas propostas e, mesmo sob cuidados exigidos pelas autoridades sanitárias, fazer o corpo a corpo. E aí os candidatos devem ter cuidado, pois aglomerações não são boa referência para quem deseja dirigir os destinos da cidade pelos próximos quatro anos ou representar o eleitor na Câmara Municipal. O adiamento do pleito para 15 de novembro foi para dar tempo de controle da pandemia – o que ainda não ocorreu -, e não para considerar que tudo está normal.

Os primeiros ensaios pelo país afora, e Juiz de Fora não é diferente, apontam para duas vertentes: uma com discussões eminentemente locais, nas quais as questões de interesse direto do eleitor são a agenda principal; e outra com viés ideológico, nacionalizando a discussão num nós contra eles que vem perdurando, especialmente pelas redes sociais.

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A dúvida é saber qual é a melhor fórmula. Os pleitos municipais, antes da divisão histórica que se acentuou no pleito de 2018, tinha uma característica própria, na qual a zeladoria era uma das principais peças. O cidadão vê no prefeito o gestor mais próximo de suas demandas, daí o interesse mais aguçado pela disputa paroquial.

Este ano, sem a presença do atual prefeito na disputa, os 11 postulantes certamente irão fazer da atual gestão o seu principal alvo, mas terão que ficar atentos a cenários. A cidade, num fenômeno que se espalha pelas outras regiões, tem demandas frustradas por conta do cenário nacional. A ausência de repasses obrigatórios do Governo estadual na gestão Fernando Pimentel, que comprometeu as contas das prefeituras mineiras, e a concentração excessiva em Brasília são questões que independem do Executivo Municipal. Quem apresentar soluções por conta própria pode incorrer no risco de prometer o que não pode ser executado. Pelo menos por enquanto.

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A expectativa de governadores e prefeitos, especialmente estes, é a aprovação da reforma tributária ora em tramitação no Congresso Nacional. O projeto estabelece uma distribuição mais justa dos recursos, mas ainda enfrenta resistências pela possível volta da CPMF sob novo formato. Ainda esta semana, podem ocorrer mudanças importantes na tramitação.

Sem a reforma tributária, os municípios continuarão em situação crítica, já que não há fórmula mágica. Ademais, há pontos que precisam de resposta imediata, como o pagamento do 13º, que ainda é incerto. Em Juiz de Fora, há déficit no orçamento da ordem de R$ 150 milhões. É muito dinheiro.

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