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Débito ambiental

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Problema comum às metrópoles, o descarte irregular de lixo continua sendo uma questão que carece de ações mais efetivas para, pelo menos, reduzir seu impacto na vida da população, sobretudo por conta das consequências, que têm um espectro bem mais amplo. Desde o início do ano, como mostra reportagem da estagiária Mariana Floriano e fotos de Jéssica Pereira, sob orientação da editora Luciane Faquini, a Tribuna recebeu 12 denúncias na seção “Minha Tribuna”, publicada de terça-feira a sexta-feira. Para se ter uma ideia da dimensão de tais casos, eles significam 11,3% das demandas urbanas apresentadas pela coluna somente este ano.

O descarte irregular é um problema ambiental de graves consequências. Além dos tradicionais transtornos para seu entorno, como proliferação de insetos e ratos, seus resíduos podem chegar a lençóis de água potável, comprometendo áreas de abastecimento. Em Juiz de Fora, de acordo com a Prefeitura, já foram mapeadas 58 áreas de reincidência. Os responsáveis, na maioria das vezes, sabem que há impedimentos legais e multas, mas insistem em cometer esse tipo de infração.

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E aí entra outra questão: a educação ambiental. A multa tem viés pedagógico, mas é necessário insistir em campanhas. As associações de bairros, que apontam sistematicamente o problema, também têm papel importante nesse processo, sobretudo na orientação de suas comunidades sobre a implicação do descarte irregular. Na maior parte da cidade, não há motivo para tais atitudes, pois o serviço de coleta do Demlurb ocorre de forma regular. Mesmo assim, a incidência não deixa de ser preocupante.

No Rio Paraibuna – o principal da cidade -, é possível ver a ação predatória de parte da população. Móveis de toda sorte são encontrados no seu leito, e garrafas pet formam um cenário à parte, principalmente no ciclo de águas. Na usina de Marmelos, na altura de Retiro, a linha de retenção mostra um cenário desolador.

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O mapeamento feito pela Prefeitura deve ser o ponto de partida para ações de combate a esse tipo de descarte. Boa parte é formada por terrenos baldios, cujos proprietários também não tomam atitudes de enfrentamento aos predadores. Em outra ponta estão áreas públicas, nas quais é depositado lixo a qualquer tempo e hora, mesmo se sabendo que há dias certos de recolhimento. Em ambas as situações, a fiscalização tem papel estratégico para, pelo menos, reduzir os impactos causados por essas atitudes.

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