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Pé na estrada

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, durante sua visita a Juiz de Fora, na última quinta-feira, desconversou sobre seu projeto político de disputar a Presidência da República, mas o fez não apenas em função da prudência, mas também por conta do cargo que desempenha. Se abre o jogo, suas ações à frente da economia estarão marcadas pelo vício do interesse, o que não é bom para o país. O ministro, como qualquer cidadão em plenos direitos políticos, tem o direito de ser candidato, a questão é o momento.

Filiado ao PMDB, o candidato terá, primeiro, que resolver demandas endógenas. Seria o nome in pectore do presidente Michel Temer? O partido terá mesmo candidato único. Enquanto isso, como os demais, ele põe o pé na estrada. Ações semelhantes não faltam. O ex-presidente Lula está em périplo pelo Nordeste do país e não se escusa, sequer, de manter contatos com velhos clientes da Lava Jato, como o senador Renan Calheiros (PMDB). O PT garante que a conversa com o ex-presidente do Senado foi meramente protocolar, mas há controvérsias.

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O PSDB não nega a origem e vai até o fim do ano dividido sobre que tipo de postura terá nas eleições de 2018. O governador e o prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin e João Doria, respectivamente, estão na estrada, mas não dizem ser candidatos. Cristão novo no ninho tucano, Doria é mais ousado e adotou o discurso anti Lula para ganhar a opinião pública. Força, pelas avessas, o “nós e eles”, mas Alckmin tem mais conhecimento dos bastidores do partido. A convenção terá a palavra final. A conferir.

Ainda nesse cenário de caça ao voto, há o deputado Jair Bolsonaro, agora do Partido Ecológico Nacional, que tenta capitalizar o voto mais radical, mas seu problema é a base partidária. Seu partido não tem a estrutura das grandes legendas, que acaba sendo vital na hora decisiva das urnas.

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