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Saída de emergência

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Ao que tudo indica, o Congresso vai aprovar o distritão, pelo qual os mais votados são eleitos independentemente do partido. O modelo é a saída que os parlamentares encontraram para salvar o seu mandato, já que, por conta de todas as mazelas até agora reveladas, a reeleição tornou-se um exercício de grande monta. Com o distritão, acreditam que terão alguma chance, por já serem conhecidos do eleitor.

 

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Trata-se de um passo atrás, uma vez que os próprios políticos demonizam os partidos ao tirarem deles a prerrogativa de articulação. O eleitor, que, de uma certa forma, já vota no candidato, ficará mais à vontade para apoiar seus preferidos. Em tese é assim, mas, em termos políticos, trata-se de um atraso, pois a via partidária, embora careça de aperfeiçoamento, ainda é o meio mais adequado de representação.

 

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Os próprios deputados e senadores já admitem que é uma saída de última hora, prometendo que já em 2022 muda tudo, sendo adotado o distrital, que terá o esquema do mais votado, mas dentro de um determinado território, isto é, o distrito, e outra parcela pelo modelo proporcional, mas fica a dúvida se vão cumprir a promessa.

 

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A reforma política, em tramitação no Congresso desde 2016, ainda não produziu os efeitos desejados e corre contra o tempo. Junho está na reta final, e julho é mês de recesso, restando apenas agosto e setembro para aprovar regras que possam já valer para as eleições do ano que vem. Só que, no meio desse processo, há uma crise política em curso, que pode acelerar ou reduzir tudo o que foi discutido até agora.

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