O Grupo Solar de Comunicação, em parceria com a UniAcademia, promove, nesta quinta-feira, o debate entre os candidatos Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezato (PSB), a partir das 19h. O evento, além das redes sociais, será transmitido ao vivo pela Rádio CBN (91,3 FM) e pela TV Diversa (canal 41 da TV Aberta), com uma duração em torno de uma hora e meia. Ambos, na semana passada, já tinham sido entrevistados e agora terão a oportunidade de confrontarem suas propostas para Juiz de Fora.
Os debates sempre são esclarecedores, pois, além de tudo, dão oportunidade aos candidatos de apresentarem suas ideias. Num segundo turno, o enfrentamento vai além das propostas, pois dá margem ao confronto de ambas, o que facilita ao eleitor o direito de opção. Mesmo nas convergências, é possível detectar as diferenças, o que é saudável para o próprio processo democrático, que implica, necessariamente, na livre escolha e na apresentação de questões de interesse coletivo.
Mesmo com uma campanha menor do que a de pleitos anteriores, em decorrência da pandemia, os candidatos – e aí vale para os demais que participaram do primeiro turno – tiveram a chance de conhecer as principais demandas da população. Um pleito municipal tem uma característica própria de discussão dos interesses diretos da comunidade, o que exige dos atores o conhecimento do que está sendo colocado em pauta pelos eleitores.
No evento desta noite, Margarida Salomão e Wilson Rezato terão a oportunidade de se questionarem em temas livres e, num dos blocos, serão convidados, por escolha dos próprios eleitores – ela ocorreu nas plataformas digitais do Grupo Solar -, a avaliarem temas específicos, como saúde, segurança ou educação. Num cenário de pandemia e ante a possibilidade de vacina, os eleitores querem conhecer projetos para a saúde, sobretudo para uma cidade que tem gestão plena do SUS envolvendo toda a região.
Como as cidades de médio porte, Juiz de Fora tem desafios importantes que carecem de uma discussão permanente e de ações para a sua superação. Além dos cerca de 600 mil habitantes, o entorno eleva esse número para mais de 1,5 milhão, fruto, sobretudo, do movimento diário em busca de serviços, especialmente nas áreas de saúde e educação.
Outra questão importante é como gerenciar uma cidade num período não apenas de pandemia, mas também de recursos escassos. Não é de hoje que prefeitos, por meio de suas entidades representativas, cobram do Governo federal um repasse mais justo dos recursos. Boa parte das prefeituras sobrevive graças ao Fundo de Participação Municipal e a emendas parlamentares aprovadas nas assembleias legislativas e no Congresso Nacional.
O problema é que tais recursos são insuficientes para o custeio da máquina pública, que se vê cada vez mais assoberbada de ações. As muitas discussões em Brasília apontam para um repasse suficiente para garantir projetos que vão além do custeio, algo que hoje falta, deixando a população à mercê de seus próprios problemas.