A cidade do Rio de Janeiro, apesar de posição contrária do Governo do estado, liberou o uso de máscaras por entender que a situação sanitária está em níveis que permitem tal concessão. Há controvérsias, mas outras regiões seguem o mesmo procedimento a despeito de os números, mesmo em queda, ainda serem preocupantes. A União Europeia, depois de um período de euforia, já registra aumento nos casos de Covid.
É fato que, tanto lá quanto nos EUA, a maior incidência se dá entre os não vacinados, isto é, pessoas que, apesar de todas as evidências, consideram a vacina um atentado aos seus princípios, sejam eles ideológicos, sejam eles religiosos. No Brasil, a resistência é bem menor ante o histórico de imunização do país, nesse aspecto, um campeão de vacinação, bastando acompanhar episódios recentes, como os da febre amarela, que foi enfrentada em conjunto pela população.
Até por uma questão de segurança coletiva, o uso da máscara ainda deve ser exigido em determinadas situações. O pior cenário já foi superado, mas o país precisa considerar que ainda há um expressivo número de pessoas que ainda não procuraram os postos, sobretudo para a segunda dose. O enfrentamento à Covid, pelo menos nos próximos anos, deve ser uma demanda permanente, até que a esperada imunização de rebanho seja, de fato, uma realidade. Mesmo assim, será como a gripe: necessitará de vacinação sazonal.
As medidas protetivas servem, sobretudo, para a retomada da rotina das cidades e em todas as instâncias. O uso da máscara, mesmo com os incômodos que causa, é o menor dos males, pois não impede a implementação de qualquer atividade. Ademais, o que se discute é a liberação total, pois, em vários ambientes, ressalvados os distanciamentos necessários, ela já tem sido abolida ou flexibilizada.
Além do cansaço coletivo, a chegada do fim do ano induz à recuperação de encontros de confraternização que ficaram fora da agenda desde o ano passado, mas, para que isso aconteça com segurança, é necessário avançar um pouco mais na imunização. Juiz de Fora tem ido bem nos números, mas a prudência que o momento requer ainda deve ser um dado a considerar, sobretudo para que, num momento próximo, tudo volte ao normal, ou mais próximo dele.