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ETAPA FINAL

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O Senado Federal abriu ontem a última etapa do julgamento da presidente afastada Dilma Rousseff, com previsão de encerramento na próxima quarta-feira. Trata-se do desfecho de um longo processo que colocou o país à espera de uma sentença de mérito, uma vez que não é possível trabalhar com uma interinidade que gera incerteza em todos os segmentos. Seja qual for o resultado, é hora de ir adiante, a fim de garantir a retomada de projetos ora parados pela falta de definições. O desfecho ocorre a dois meses das eleições municipais e depois de uma Olimpíada que colocou o país sob o olhar do mundo. É pouco provável que repercuta nas urnas, uma vez que a discussão, quando envolve candidatos a prefeito e vereador, tem foco especialmente nas demandas locais, mesmo assim, o tema, certamente, chegará aos palanques.

A lição a ser tirada do episódio é o funcionamento das instituições. Raros são os países que sustentam um processo de impeachment de um chefe do Governo sem alterar a sua rotina institucional. O que se veem são discussões em vários fóruns, mas sem o comprometimento dos negócios do Estado. O fim desse processo, porém, é vital para que medidas que carecem de forte participação do Governo não tenham o formato provisório, pois, aí sim, há comprometimento das suas ações.

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A presidente afastada decidiu comparecer ao Senado para se defender pessoalmente. Fez bem, pois terá mais uma chance de se apresentar diante de uma Corte que avalia seus atos nos últimos dois anos, especialmente, quando o país mergulhou numa crise econômica sem precedentes. Vai se escudar na sua idoneidade, enfatizando que, contra ela, como pessoa física, não pesam acusações de corrupção. O que não percebe, porém, é que seu caso é meramente político, fruto de ações e inações. A palavra será do Senado, e que seja breve, pois o país precisa andar para a frente.

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