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Sem margem para erros

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A última semana antes das eleições do dia 30 será estratégica para os candidatos, por não dar margem para qualquer erro. O reduzido, mas decisivo, número de indecisos é o alvo das campanhas, cujos investimentos dependem da performance de suas lideranças. Os candidatos ainda terão uma última chance para ficarem frente a frente, no debate da TV Globo, na sexta-feira, mas suas ações e inações são estratégicas e podem até ser exploradas neste evento.

A disputa entre o atual presidente, Jair Bolsonaro, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula tem características próprias, a começar pelo grau de polarização que mobiliza o país. Embora os institutos de pesquisa sejam importantes, os comitês já contam vantagem, até mesmo como um dado de mobilização, mas a leitura que se faz envolve a própria opinião pública, que não esconde o cansaço diante de tantos enfrentamentos.

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Mas campanhas são assim mesmo. Os grupos sempre se enfrentaram, mas as redes sociais, embora não sejam mais novidade, ganharam novos componentes e tornaram-se uma das principais ferramentas, já que mantêm os acontecimentos no tempo real. O episódio do ex-deputado Roberto Jefferson, no domingo, foi acompanhado ao vivo por diversos sites e emissoras de TV, ao mesmo tempo em que, também nas redes, travava-se uma guerra de narrativas.

O tracking, ferramenta pela qual os comitês acompanham a reação do eleitor, tem sido importante também para definir a agenda dos candidatos. Como segundo maior colégio eleitoral do país e uma síntese do Brasil, Minas tem recebido visitas frequentes dos finalistas, sobretudo por conta do histórico de votação: quem teve mais votos em Minas ganhou a eleição para a Presidência da República.

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Juiz de Fora entra nesse contexto por conta de seu grau de politização e também por estar entre as quatro regiões com mais eleitores. Na semana passada, recebeu a visita de Bolsonaro, na terça-feira, e de Lula na sexta-feira. Não há mais tempo para um novo retorno, mas os militantes, por meio das redes sociais, replicam os resultados dessas empreitadas.

Até domingo ainda haverá uma série de eventos para garantir o cenário do primeiro turno ou revertê-lo, mas é certo que a desconstrução do oponente continuará sendo o ponto nevrálgico das conversas, já que, por ação deliberada ou por entenderem que não se traduz em votos, os candidatos deram pouca ênfase aos programas de governo, salvo algumas passagens esporádicas.

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A estratégia dos comitês foi voltada diretamente para o eleitor e seu papel nesse cenário dicotômico, daí o jogo que tem permeado com frequência os embates nas ruas e nos eventos em que ambos são colocados frente a frente.

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