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Mobilidade urbana

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Na edição deste domingo, o projeto Voto & Cidadania, desenvolvido pelo Grupo Solar de Comunicação desde 1996, avalia a mobilidade urbana, matéria recorrente na rotina das cidades com ênfase na campanha eleitoral, uma vez que os candidatos e as candidatas à Prefeitura de Juiz de Fora estão sendo convidados a tratar do tema. Com cerca de 600 mil habitantes e uma topografia desafiadora, a cidade tem gargalos próprios que precisam ser discutidos sistematicamente.

Na matéria produzida pela repórter Leticya Bernadete, especialistas apontam soluções, e a Administração destaca as ações que estão em curso e outras que serão herdadas pela próxima legislatura, como conclusão de viadutos e pontes ora em fase de projeto. O tema central, porém, continua sendo o transporte público, pedra de toque em todas as discussões, diante da sua relevância para a população.

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Neste caso, Juiz de Fora faz parte dos municípios em que o sistema é totalmente financiado pelas passagens, tornando-se, pois, um problema, com a redução drástica do número de usuários e da ação temerária de benefícios a diversos setores que ficam isentos de pagar a passagem. O gesto, em princípio nobre, torna-se um problema, pois a conta vai cair no colo dos demais usuários do transporte.

Com a queda de usuários e sem outras fontes de financiamento, a equação não fecha, e surge, aí, um dos principais desafios do próximo gestor. Antes mesmo da pandemia do coronavírus, as empresas já viviam a redução, em parte, pelo transporte alternativo de aplicativos e, sobretudo, pela própria dificuldade da população em garantir um custo mensal para sua mobilidade.

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Em grandes metrópoles, há o financiamento público, mas sua implementação não é um ato simples, devendo ser uma discussão coletiva, envolvendo até mesmo o Congresso Nacional, no qual tramitam projetos nesse sentido.

A mobilidade, porém, não se esgota nessa agenda. A despeito de sua topografia, a cidade carece de uma ciclovia para atender à crescente demanda de usuários. Entra e sai governo, mas a proposta não sai do papel. Não é de hoje que se fala numa via de tal monta entre a Zona Norte e o Centro da cidade às margens da Avenida JK. Um projeto está em elaboração pela MRS, mas percebe-se que a matéria nunca entrou nas prioridades dos gestores municipais, que preferem viadutos, garantindo – como destaca o especialista Ricardo Daibert – a eternização da linha férrea na área urbana da cidade.

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Como sua retirada, até mesmo pelos custos, está fora de cogitação, espera-se que o Município enfatize suas prioridades no momento em que a concessionária discute a renovação de seu contrato e se mostra disposta a fazer investimentos nas regiões por ela cortadas. Juiz de Fora não pode ser modesta nos seus pleitos por conta do volume de travessias que tem.

Ainda este ano, como destaca a reportagem da TM, o viaduto do Tupinambás deve estar concluído, mas o principal desafio é a passagem sobre a linha férrea na altura do Terreirão. A obra está em curso, mas sua conclusão ainda vai depender da próxima gestão.

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