A partir deste domingo, a Tribuna passará a discutir, em suas páginas, os desafios da cidade, prestes a trocar de comando, e as propostas dos 11 postulantes à cadeira do prefeito Antônio Almas, que não disputará a reeleição. O Voto & Cidadania é um projeto de quase duas décadas, forjado no programa de Masters da Universidade de Navarra, na Espanha. Ele estabelece discussões profundas sobre o município e, o que é mais emblemático, o que pensam os personagens que disputam a vaga de futuro gestor do município. O diferencial está no cartesianismo da proposta: não basta o político dizer o que fará; ele terá que apontar como fará e com quais recursos irá implementar suas ideias.
O primeiro diagnóstico é o da situação financeira do município. Juiz de Fora, como as demais cidades de seu porte, tem desafios imensuráveis que esbarram na sistemática desidratação dos recursos, ora agravada pela pandemia. Não é de hoje que os municípios têm uma dependência direta da boa vontade da burocracia do Estado e da União – principalmente esta -, nos quais estão concentrados os principais recursos. A reforma tributária, com a formalização do pacto federativo, pode mudar essa situação, estabelecendo uma divisão mais justa dos repasses. Por enquanto, é apenas uma proposta que está andando pelos corredores de Brasília.
Todos os domingos, um tema será apresentado para essa reflexão. Por sua vez, já a partir do dia 1º de outubro, a Rádio CBN entrevistará – sempre às quartas e quintas-feiras – os 11 postulantes à chefia do Executivo. Para tanto, com a presença de representantes de todas as candidaturas, foi feito, nessa terça-feira, o sorteio da ordem de apresentação. A série será inaugurada pela candidata Margarida Salomão, do Partido dos Trabalhadores.
O Voto & Cidadania é o espaço próprio para apontar as demandas da população e as questões que são necessárias para o gerenciamento do município. Cidade-polo de uma região com cerca de dois milhões de habitantes, Juiz de Fora vive, hoje, o desafio da pandemia do coronavírus e a experiência de acolher pacientes de boa parte da Zona da Mata. Essa é apenas uma das pontas do iceberg.
Municípios com mais de 200 mil habitantes, especialmente, enfrentam, ainda, problemas de mobilidade urbana, pauta permanente perante o dinamismo das cidades, segurança, saúde e educação. O que pensam os candidatos será exposto nas páginas da Tribuna, nos microfones da Rádio CBN e nas plataformas digitais do Grupo Solar de Comunicação.
A campanha é um ciclo único, que se fecha com a eleição. É o momento não de ajuste de contas do eleitor com os políticos, mas o tempo propício para o diálogo, que nem sempre ocorre ao curso dos mandatos. O voto consciente é uma imposição da democracia, que se estende para as demais instâncias de poder. A formação das câmaras municipais não é um ato menor. Ao contrário, até mesmo para fundamental equilíbrio entre as instituições, o eleitor deve ficar atento também aos que postulam o posto de vereador.