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Fim das obras

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O recrudescimento da pandemia do coronavírus tem levado os governadores a tomarem medidas emergenciais em decorrência da falta de leitos e insumos, que se tornou uma perversa realidade pelo país afora. Em Minas, várias cidades de médio e grande porte já registram situação semelhante. A capital, Belo Horizonte, está no limite. O mesmo cenário se repete no Triângulo. Em Juiz de Fora, os dados também são preocupantes, a começar pelos insumos.

Para minimizar os danos, várias alternativas têm sido apresentadas, e uma delas é a retomada das obras dos hospitais regionais, ora parada em decorrência da própria falta de repasses. No caso de Juiz de Fora, o projeto, iniciado em 2010, teve o último repasse em 2016, quando o projeto foi paralisado. Nesses cinco anos, as instalações ficaram à mercê do tempo e dos ladrões, com furto de equipamentos.

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A retomada da obra depende, agora, de um diagnóstico da edificação a ser feito pela empresa Lumens Engenharia, que terá quatro meses para apresentar seus resultados. Só com esse laudo será possível avaliar a possível retomada, que seria estratégica para a cidade, sobretudo para atender ao fluxo de pacientes não apenas de Juiz de Fora, mas de toda a região, como, aliás, é sua vocação.

Será uma corrida contra o tempo, pois ainda não se sabe o grau de comprometimento das estruturas e muito menos o estágio da obra. Ademais, a construção física é o menor dos problemas. A instalação dos equipamentos é ponto crucial, e o custeio do projeto, a fase mais emblemática, principalmente num momento em que o próprio Governo admite dificuldades no seu caixa.

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Quando tratou da recuperação dos hospitais regionais, o governador Romeu Zema colocou em pauta a possível participação do setor privado no empreendimento. Abriu até uma licitação, mas esta, em princípio, se revelou deserta. Pode haver mudanças se os investimentos iniciais forem atraentes para os eventuais parceiros. Em tempos de crise, o mercado tem sido mais zeloso nas suas avaliações, daí, é necessário conhecer a realidade dos projetos.

Os hospitais regionais, se já estivessem funcionando, como foi prometido em diversas gestões estaduais, teriam um papel importante no acolhimento de pacientes no sistema público, hoje em risco de colapso, mas o desinteresse em considerá-los prioritários agora se revela como uma conta para a própria população.

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Em Juiz de Fora, há, também, o Hospital Universitário, outra estrutura que continua parada a despeito de sua importância. As duas unidades precisam ser concluídas, não apenas para o caso da pandemia, mas pela própria demanda, que é cada vez mais crescente em Juiz de Fora por pacientes com diversas comorbidades.

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