Site icon Tribuna de Minas

Menos estado

PUBLICIDADE

O anúncio de privatização da Eletrobras deve ser tratado fora dos palanques, embora também seja tema de discussão na instância política, ávida para tirar proveito de uma questão econômica. O uso da estrutura do estado pela política tem sido perverso ao curso dos anos, por conta não apenas da má gestão, mas também pelo aparelhamento que faz parte dessa relação.

As empresas públicas tornaram-se cabide de emprego independentemente da qualificação dos indicados. Basta ver o material apurado pela operação Lava Jato, que mostrou claramente o uso político das estatais.

PUBLICIDADE

Ademais, a privatização, nesse caso, não deve ser tratada como terra arrasada, uma vez que há tempos a empresa vem dando prejuízo, fruto, em alguns momentos, do uso político dos dirigentes. Em pleno ano eleitoral, a então presidente Dilma Rousseff, sem medir as consequências, reduziu a tarifa de energia elétrica. Ganhou a opinião pública por um tempo, mas comprometeu o sistema que garantia conhecer de perto. A conta chegou depois da reeleição, mas indicou o risco de outras ações nesse sentido.

Pelas redes sociais, a ex-presidente alertou para o risco de insegurança energética, advertindo que o consumidor é quem pagará a conta. Apagou o passado ao não se lembrar de suas ações que levaram, exatamente, ao que hoje denuncia: aumento da conta.
Desde que imponha condições claras aos controladores no sentido de garantir preço e qualidade ao consumidor, a privatização da Eletrobras é um avanço, pois significará, sobretudo, a implantação de gestão profissional numa empresa estratégica, é fato, mas problemática no atual modelo. Com menos Estado e mais gestão, o consumidor tende a ganhar.

PUBLICIDADE

 

Exit mobile version