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Recrudescimento

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Um dos setores produtivos que mais empregam em Juiz de Fora, o comércio varejista tenta se recuperar nesta reta final do ano diante do baque que sofreu com o fechamento compulsório das lojas por quase cinco meses, para conter a propagação do coronavírus na cidade. Um momento difícil vivido naquele momento ante o desafio de evitar as aglomerações e conter o avanço da Covid-19 e, ao mesmo tempo, tomar medidas capazes de estrangular um dos segmentos que mais dinamizam a economia local.

Se, no início do ano, a complexidade da situação era grande, agora parece maior. Depois de passar pelas ondas vermelhas, verde e voltar para a amarela, os lojistas, apostando na manutenção das regras de flexibilização, reativaram as contratações e refizeram os estoques em final de outubro e novembro. A aposta é recuperar as perdas com as vendas de Natal, que, apesar de toda a crise sanitária e econômica, ainda é a que tem apelo de consumo mais forte.

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Por outro lado, a situação da pandemia nunca esteve tão grave na cidade. A poucos dias da data natalina, Juiz de Fora vem registrando altos índices de contágio, número crescente de mortes e hospitais públicos e particulares superlotados. É uma situação limite, sendo que não se pode atribuir apenas ao setor varejista a piora no quadro da cidade. Há aglomerações de pessoas por todas as partes.

Além da grande quantidade de jovens na porta de bares – não necessariamente dentro dos estabelecimentos -, as festinhas privadas em granjas, os ônibus superlotados, as filas nos bancos e até as campanhas eleitorais, que protagonizaram, em algumas campanhas, comícios e festas de comemorações, também contribuíram para a gravidade da situação atual. São múltiplos os fatores que têm levado ao recrudescimento da Covid-19 na cidade.

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E o relaxamento não é só aqui. Cenas de praias lotadas no Rio de Janeiro, neste fim de semana, chegam a assustar e parecem ignorar a gravidade da pandemia. Há muita preocupação com o que pode acontecer com as festas familiares de Natal e Réveillon. Autoridades sanitárias preveem um janeiro muito difícil em todo o país. Por outro lado, a promessa da chegada da vacina traz esperança, inclusive em Juiz de Fora. Mas, até lá, é preciso que todos tomem cuidado. Não dá para brincar com essa doença, que, até agora, já fez quase 450 mortes em Juiz de Fora e cerca de 190 mil em todo o Brasil.

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