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Governador de São Paulo por dois mandatos e prefeito da capital em uma ocasião, Ademar de Barros incorporou ao glossário político a expressão “rouba, mas faz”, fruto do discurso forjado nas ruas em torno de suas administrações. Se há provas, elas não foram apresentadas, mas a expressão ficou. Anos mais tarde, surgiu o empresário Paulo Maluf. Dono da Eucatex, tornou-se prefeito de São Paulo nos anos 1970, quando envolveu-se na primeira grande polêmica. Doou um fusca para cada um dos jogadores da Seleção Brasileira de Futebol que ganharam a Copa do Mundo no México.

Foi obrigado a devolver o dinheiro, mas inaugurava uma série de ações na Justiça que marcaria sua carreira. No final da mesma década, em 1979, ele venceu a disputa, dentro do partido, para governador de São Paulo, contrariando o presidente Ernesto Geisel, que apoiava o empresário Laudo Natel, o qual presidia o São Paulo Futebol Clube.

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Aos 86 anos, o dr. Paulo, como gosta de ser chamado, está preso. A discussão que fecha a semana é se um homem da sua idade e com sérios problemas de saúde deveria ser levado para o cárcere. Por razões humanitárias, a tendência é dar-lhe o benefício da prisão domiciliar, mas ele dribla a lei há décadas, usando recursos protelatórios que o livravam da prisão. Até mesmo a experiência no cárcere foi rápida, tendo saído graças a ações de seus advogados. Não pode sair do país por ser procurado pela Interpol.

Controverso, está arrasado, segundo seus advogados, pois ninguém esperava que o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, chegasse a esse extremo, mas há quem defenda a prisão sobretudo pelo viés pedagógico, indicando que – em algum momento – os infratores de qualquer idade e poder vão para a cadeia. Paradoxalmente, no mesmo dia em que

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