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A volta da dengue

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A vigilância sanitária de todo o país está em alerta pelo aumento expressivo do número de casos de dengue. Em Juiz de Fora, também há preocupação, pois a curva está em ascensão, colocando em risco a vida de quem for afetado. A dengue também mata. O enfrentamento ao Aedes aegypti foi uma jornada que deu certo, mas negligenciada pela população já envolvida no enfrentamento à Covid. A incidência de focos do mosquito, causador também de Chikungunya e Zika, é de alto risco. Só de dengue, há 59 casos em investigação apenas nas últimas duas semanas.

Tanto a dengue quanto a Covid vão chegar a um status de sazonalidade controlada desde que a comunidade faça a sua parte. No caso do mosquito, as ações profiláticas já são bastante conhecidas: manter ambientes limpos e drenar vasos com água. Contra o coronavírus, o caminho único é a vacinação.

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Quando há o envolvimento coletivo, o combate às doenças exige menos das estruturas públicas, já assoberbadas por outras demandas. Depois de várias campanhas, a conscientização levou à queda dos números da dengue. O relaxamento anabolizou os números. Por conta desse ciclo de altos e baixos, é importante a retomada de campanhas educacionais, a fim de lembrar que é possível voltar à normalidade, desde que sejam adotadas as devidas precauções.

Vale o mesmo para a gripe. A adesão à vacinação está bem abaixo das expectativas, mas o cansaço coletivo, diante de tantas endemias, não pode dar margem à desistência no enfrentamento. Ademais, são processos disponibilizados pela rede pública de saúde, não havendo custos para a imunização.

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Prevenir – não é de hoje – é melhor do que remediar. O velho adágio deve servir de referência, sobretudo por não haver sentido ignorar a importância da vacinação. A politização da Covid ficou para trás, sobretudo por conta dos benefícios que as vacinas geraram para a população. O coronavírus ainda é um dado real e vai continuar por muito tempo. O que permite a luz verde, com a retomada das atividades num cenário de normalidade é a imunização coletiva.

Os índices de Juiz de Fora, por exemplo, permitem, como a Tribuna revelou na última sexta-feira, a desmobilização dos últimos leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) destinados exclusivamente para pacientes com Covid-19. A informação divulgada pela Prefeitura segue determinação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. Serão desmontados os 15 leitos restantes, que passarão a atender a população em geral.

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Pelos últimos números, cerca de 660 mil pessoas morreram de Covid no país. Essa curva só foi revertida pelo envolvimento coletivo. A sociedade, pois, não deve abrir mão da normalidade, que só será mantida se a prevenção se tornar uma política de Estado. Afinal, todos ganham.

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