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Elefante branco

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A decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de manter o bloqueio ao repasse de verbas para as obras da BR-040 tem substância jurídica, pois aponta para uma série de intercorrências que deveriam ter sido resolvidas, mas que não saíram do papel. Esta é apenas uma das faces dos canteiros de obras espalhados pelo país que formam um cenário de elefantes brancos por sua não conclusão. A rodovia, estratégia para o escoamento de produção e de acesso ao Rio de Janeiro, corre o risco de passar pela mesma situação.

Quando da primeira licitação, ficou acertado que a duplicação da Serra de Petrópolis seria uma das primeiras ações da Concer – concessionária que administra o trecho até Juiz de Fora -, mas, por razões diversas, a obra saiu da fila, dando-se a prioridade à duplicação entre Juiz de Fora e Matias Barbosa, embora o trecho mais crítico fosse o da Região Serrana. Agora, quando a obra já deveria ter sido concluída, os impasses jurídicos deixam apenas incertezas.

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É necessário negociar saídas que não prejudiquem o usuário, inclusive em sua segurança, pois a burocracia tende a ignorar tais situações, preferindo a letra fria dos processos, a despeito de suas repercussões. É fundamental, sim, colocar as incorreções em dia e questionar os números, mas a conta não deve ser paga pelo usuário, de quem já é cobrado um dos mais caros pedágios do país por um serviço que carece de conclusão.

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