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Não aprendem

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As chuvas do ano passado, que ficaram dentro da média e deixaram os reservatórios cheios, ajudaram na volta do mau hábito de consumo exagerado de água, sobretudo para lavar calçadas, em vez de varrê-las.

A Tribuna foi às ruas e flagrou situações em que consumidores, mesmo diante de uma clara escassez, insistem em contrariar as próprias evidências. Mesmo Chapéu D’Uvas atuando como fator regulador da Represa João Penido, é fundamental o uso moderado, uma vez que é melhor prevenir do que remediar, sobretudo quando se conhecem as consequências da escassez. O país, há cerca de três anos, viveu um dos piores períodos sem chuvas; este ano, de acordo com as estatísticas, chove menos do que em 2014 e 2015.

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Juiz de Fora, ainda por conta de Chapéu D’Uvas, não viveu situação tão drástica, mas também aderiu ao racionamento como forma preventiva. A situação não é crítica, mas é vital investir em campanhas para chamar a atenção dos usuários sobre os exageros. A concessionária de abastecimento tem mantido programas pontuais sobre o uso racional da água, mas, agora, deve partir para a advertência, pois todas as previsões apontam para um fim de ano com menos chuvas do que em 2016 e consequências graves no primeiro semestre de 2018.

Os eventos do ciclo de escassez podem ser evitados se a população se conscientizar da importância do racionamento voluntário, que começa com o uso sem abuso da água. O envolvimento coletivo tem, ainda, o viés pedagógico, por indicar que o controle no consumo deve ser uma ação permanente. Por conta das ações e inações do homem contra a natureza, e por tratar o meio ambiente como uma causa de poucos, a resposta está nas ocorrências de toda ordem, e a falta de água é uma delas. Em alguns países, os rios não chegam, sequer, ao mar. E, se nada for feito, o que é uma questão pontual de algumas regiões pode se tornar um problema comum, mesmo no Brasil, considerado, ainda, a caixa d’água do mundo.

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