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Lava Jato sem Teori

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A morte do ministro Teori Zavascki, num acidente de avião na altura de Paraty, abriu um cenário de incertezas em torno da operação Lava Jato. Relator do caso, o ministro tinha programado para os próximos dias a homologação da delação premiada dos executivos da Odebrecht, entre eles o seu presidente, Marcelo Odebrecht, considerado testemunha-chave dos muitos escândalos que marcaram a política nos últimos anos. A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, ainda não definiu o que fazer, mas o mais provável é que siga o manual e dê celeridade ao caso, elegendo um novo relator. Trata-se de uma demanda em que há réu preso, daí a pressa.

Mas o que passa por corações e mentes é como será a operação sem Teori. Discreto, mas duro nas decisões, não fugiu aos limites da lei, porém também não jogou para a arquibancada, preferindo tratar o caso com a serenidade que se espera de um magistrado da instância superior. O que decidiria é outra questão, mas é temerário dizer que sua morte significa alívio ou pressão para alguns atores envolvidos no caso. Teorias da conspiração permeiam o universo virtual, mas não há espaço, agora, pois ainda não se sabe, sequer, quem ficará com a relatoria.

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É certo, porém, que, independentemente de quem seja o escolhido, as instituições funcionam, e o Ministério Público estará atento a qualquer manobra fora da via legal. É possível, até, considerar que o sucessor tenderá a ser mais duro, pois assumirá sob o signo da suspeita, embora essa também seja apenas uma tese que as redes virtuais estão comprando.
Ao presidente Temer caberá fazer a primeira indicação de seu governo, mas ele sabe que utilizar a instância partidária por conta do envolvimento do PMDB no processo é um risco que, certamente, ele não vai querer correr.

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