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Fatos e especulações

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Faltando menos de dois meses para as convenções partidárias, ainda não há um quadro consistente de candidaturas à Presidência da República. Os números são dispersos e o eleitor atua num cenário de plena fluidez, sobretudo quando confrontado com o discurso dos postulantes. As propostas são rasas e as conversas em busca de alianças não se consolidam. Sobram especulações e faltam fatos. A mais recente é o ingresso do empresário Josué Alencar na lista das commodities políticas. Filho do ex-presidente José Alencar, é o vice ideal de vários candidatos, mas também possível candidato de outras legendas. Ele, por enquanto, navega no silêncio, mas conversa nos bastidores.

Em Minas, a sucessão passa por articulações do governador Fernando Pimentel com seu colega de Pernambuco, Paulo Câmara. A moeda de barganha seria a candidatura do empresário Márcio Lacerda, bem situada no estado, que seria elevado para outro patamar, em favor de apoio mútuo entre PT e PSB. Aqui, o PSB tiraria seu candidato do páreo, em Pernambuco, seria o PT que afastaria Marília Arraes do palanque.
Esse jogo tem sido jogado em outros estados – cada um com suas características – e também na instância nacional sem, no entanto, haver uma combinação com as partes diretamente envolvidas. Em Minas, Márcio Lacerda foi sondado, é fato, mas não falou sobre o pacote PSB/PT. Prefere manter seu projeto. Em Recife, a herdeira dos Arraes também não cedeu, pelo menos até agora.

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Jogo jogado, o eleitor fica no meio dessas articulações preferindo engrossar a lista dos indecisos. É possível que, com a definição de nomes, ele mude a sua postura, mas o voto só será consolidado quando souber, de fato, que projeto de país têm os candidatos. Por enquanto, o discurso tem sido em torno de possibilidade, mas nada com consistência programática, capaz de produzir as mudanças que se fazem necessárias.

 

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