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Repasses em queda

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Com capacidade técnica para fabricar vacinas e com equipes de profissionais qualificados, o país vive o paradoxo da febre amarela. A doença se espalha pelo país, mas as autoridades do setor se negam a apontar falhas na gestão. Até mesmo a redução de recursos para combate a epidemias, denunciada por jornais, como “O Globo”, tem sido descartada pelas autoridades, numa clara ação para tirar o impacto da leniência oficial.

Não faz sentido o surgimento de uma epidemia de febre amarela quando há meios de contê-la. Desde o ano passado, o número de casos começou a crescer, mas a reação oficial, sobretudo na liberação de verbas para os estados, se manteve dentro da surrada burocracia. Há empenhos, mas estes não significam, necessariamente, que o dinheiro será liberado. E a prova está nos números. Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, os três com a maior densidade populacional, têm o maior número de ocorrências.
A ação oficial, não é de hoje, está sempre a um passo atrás. Nos últimos cinco anos, a dengue tem sido o flagelo do verão. Ela continua em evidência e, em vez de ser reduzida, ganha a perversa concorrência da febre amarela. O país volta ao início do século passado, quando as endemias eram a principal causa de morte da população.

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O discurso oficial é o mesmo: nega a redução nos investimentos, mas não traz junto a justificativa para tantos casos. Nesse cenário, a população também tem papel importante, pois só busca vacinas diante do agravamento da situação. No ano passado, quando ocorreu o primeiro grande surto, as equipes de profilaxia foram às ruas. Agora, ante um quadro de tantas filas, sabe-se que nem todos atenderam ao chamado de 2017.

O envolvimento coletivo e as políticas públicas permanentes são fundamentais para reversão do quadro. Com tantas demandas pela frente, o país não passaria por tantas endemias se todos tivessem feito o dever de casa.

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