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Perspectiva regional

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O Parque Tecnológico de Juiz de Fora, cujo projeto será dividido em módulos para facilitar sua instalação, traz consigo a perspectiva de ampliação da pesquisa e atração de empresas inovadoras na cidade. Após passar por várias etapas, finalmente ele sai do papel, graças ao empenho de diversos segmentos, especialmente a Universidade Federal, a Prefeitura e a Associação Comercial, que desde o primeiro momento têm atuado na sua implementação.

O modelo inicial previa investimentos da ordem de R$ 50 milhões, que acabaram sobrestados pelas restrições da área econômica federal. Todo o projeto ocuparia um espaço único às margens da BR-040, na altura do quilômetro 790, que só será ativado na terceira etapa, provavelmente daqui a cinco anos.

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Fracionar o Parque foi a saída encontrada pelas lideranças, para garantir o seu início. Caso contrário, todo o plano seria engavetado com perda para o município. Ir por etapas não é problema, desde que sejam permanentes até se chegar ao termo final.

Para ir adiante, a instância política deve ser convocada a participar das discussões, para atuar nos gabinetes de Brasília e acelerar os necessários repasses. O Parque Tecnológico tem importância estratégica para Juiz de Fora e região, sobretudo após o aumento do interesse coletivo para o potencial da Zona da Mata. Os diversos fóruns de discussão e o novo olhar de lideranças políticas e empresariais aponta para um futuro promissor.

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Na semana passada, a MRS anunciou o desembaraço de seus produtos no Porto Seco, situado na Zona Norte da cidade, o que significa retenção de tributos na cidade e maior facilidade para os demais interessados. A região tem que se transformar num polo de oportunidades.

Mas isso só será possível se houver envolvimento coletivo, já que os negócios caminham para os locais nos quais há infraestrutura, boa mobilidade, política tributária amigável e também mão de obra qualificada. As regiões que preenchem esse cardápio estão à frente no acolhimento de projetos.

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Juiz de Fora ainda tem outros atributos, como localização estratégica entre as três maiores capitais do país, uma rede viária formada por duas rodovias federais e modais que podem acolher a demanda.

É fato que as instâncias de poder precisam estar no mesmo discurso, já que ainda há pontos importantes a serem resolvidos. A região tem um aeroporto de grande capacidade, mas seu acesso ainda é um problema. O Governo de Minas, que tem recuperado e construído estradas pelo interior, precisa atentar para a MG-353, que dá acesso ao Aeroporto Presidente Itamar Franco. Ele pode se tornar um modal de cargas, mas a via carece de investimentos.

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Não é de hoje que a Tribuna vem apontando os problemas da via, que vão desde a falta de acostamento a pistas mal sinalizadas e, sobretudo, espaço para a convivência entre caminhões e os demais veículos. Hoje, isso é impossível. Ademais, é necessário concluir a recapeamento do acesso que liga a MG-353 e a BR-040. Inaugurado há cerca de cinco anos, ele tem pontos que carecem de recuperação, também já apontados pelo jornal.

O Parque Tecnológico, pois, é uma das muitas etapas que precisam ser cumpridas para a recuperação econômica da região. Todos devem estar envolvidos. Afinal, também todos ganham.

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