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Ao sabor do vento

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O relator da reforma política, deputado Vicente Cândido (PT-SP), tem se portado como biruta de aeroporto no trato com o projeto de reforma. Ensaiou a inserção de doações ocultas e defendeu o distritão e um astronômico fundo eleitoral de R$ 3,6 bilhões. Diante da pressão das ruas, mudou de ideia. Acha dinheiro demais para financiar candidaturas e entende que o distritão puro é uma peça para beneficiar candidato rico e os atuais detentores de mandato. Também achou um tiro no pé as doações sem indicação dos autores. Em suma, vai mudar de novo.

Por conta dessas idas e vindas, o projeto só entra em pauta na terça-feira, 22, sem perspectiva de ser aprovado, pois o tempo que resta será consumido em negociações. A bola da vez é um “semidistritão”, que incluiria o voto no candidato, mas também na legenda. Não há garantias de ser aprovado diante da reação de diversos grupos políticos preocupados com seu futuro ante a nova mudança.

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Enquanto isso, o cronômetro continua seu curso, indicando aos parlamentares que faltam poucos dias para aprovação da reforma nas duas casas legislativas – Câmara e Senado. O prazo, para que seja adotada já em 2018, termina no dia 7 de outubro. Com período tão curto, há sempre o risco de se aprovar um texto provisório, apenas para dar satisfação às ruas, mas sem atender aos reais anseios de uma ampla mudança no atual modelo, claramente vencido pelo tempo e pelas próprias circunstâncias.

 

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