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Futuro da economia

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Um expressivo contingente de moradores de comunidades não tem meios para fazer duas refeições por dia, fruto de um cenário de incertezas econômicas a partir da pandemia do coronavírus. A população em situação de rua é também outro segmento extremamente afetado. Muitos desses personagens sequer têm acesso às medidas emergenciais do Governo, formando um contingente apartado dos benefícios que ora estão em discussão em Brasília.

Essa, no entanto, é apenas uma ponta do problema. A pandemia arrasou economias e deixou o setor produtivo na berlinda. Em alguns países, como os Estados Unidos, o Governo, além de emitir cheques para as camadas mais carentes, também faz forte aporte para salvar as empresas. Os danos colaterais da pandemia são perversos.

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As decisões da equipe do ministro Paulo Guedes precisam ter dois olhares: um, de longo prazo, para garantir a recuperação da economia o mais breve possível, após a passagem mais crítica da pandemia, e outro para as medidas de curto prazo, que devem ser implementadas de imediato. A despeito de resistências, não há como tirar de pauta o auxílio emergencial. É fato que terá repercussões nas contas do Governo, mas foi graças a ele, por outro lado, que a economia não despencou como se previa.

No caso do longo prazo, é fundamental a elaboração de links com as economias globais para um projeto conjunto, pois todos estão no mesmo barco. A injeção de recursos anunciada pelo americano Joe Biden é uma sinalização, mas nem todos têm meios de executar uma operação tão onerosa. Mas fica claro, porém, que o Estado não poderá se omitir no auxílio às empresas ora sufocadas pelas circunstâncias sanitárias.
A preservação da vida é o valor máximo a ser conservado, o que exige investimentos crescentes em vacinas e nas políticas de isolamento, mas a economia não pode ficar apartada do olhar oficial sob o risco de uma crise sem volta comprometer ainda mais a rota do país.

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Para tanto, então, só com sintonia entre as instâncias de poder será possível ir adiante. A sombra de 2022 – ano eleitoral em que governos estaduais e federal estarão em jogo – tem que ficar longe das discussões atuais, por serem danosas a qualquer entendimento. Jogar a política em meio à pandemia é um jogo perigoso e desnecessário, pois o que mais se espera, agora, são propostas que salvem vidas e garantam uma volta econômica o mais rápido possível.

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