Sem os desfiles oficiais e outros eventos, o carnaval deste ano foi marcado pela rotina semanal e por ruas e salões vazios em decorrência da pandemia do coronavírus, mas, infelizmente, ainda há aqueles que teimam em remar contra as evidências e tratar a vida como se fosse um eterno “dolce far niente”, com festas e aglomerações, contrariando recomendações da Vigilância Sanitária e do próprio bom senso. Pelo país afora, ainda foram registraram cenas de aglomerações, nas quais o uso de máscara foi raro.
Como a Tribuna destacou, “na noite de segunda-feira (15), uma casa noturna localizada no Bairro Aeroporto, na Cidade Alta, foi interditada pela blitz da operação Fiscalização pela Vida, organizada pela Prefeitura de Juiz de Fora, em razão da pandemia de Covid-19. Aproximadamente 200 pessoas estavam no espaço, que funcionava como uma danceteria. Segundo a PJF, a maioria das pessoas estava sem máscaras. O local foi interditado pelos fiscais”.
O que leva tais personagens a esse comportamento míope, quando o país – a despeito do início da vacina – continua sendo um dos líderes no número de mortos pela Covid? Seria egoísmo, infantilidade ou falta de empatia? A média acima de mil ocorrências diárias é um grave aviso, ora ignorado por esses foliões, que, por conta do risco, podem ser as próximas vítimas dessa pandemia. Em uma noite, pode se comprometer uma vida inteira, alcançando, ainda, personagens que ficaram distantes da festa, mas sujeitos à contaminação. Geralmente, são familiares, embora nem isso sensibilize esses incautos.
A Tribuna destacou, ainda, que, no período entre os dias 12 e 15 deste mês, foram realizados 18 atendimentos pela Operação Fiscalização pela Vida, resultando na emissão de seis documentos de notificação, nove autuações e duas interdições. São medidas exemplares que precisam ter plena adesão da população. Denunciar fura-filas e festas clandestinas passou a ser uma ação de interesse coletivo.
Os personagens desses eventos clandestinos prejudicam a si próprios e a terceiros, mas também comprometem segmentos que lutam para retomar suas atividades dentro de medidas de segurança estabelecidas por protocolos. Na semana passada, a Prefeitura e o setor de eventos iniciaram várias ações conjuntas para retomada dos trabalhos, parados desde o início do ano passado. Os clandestinos acabam prejudicam os pares, embora seja possível distinguir quem é sério e quem não olha no seu entorno.
Em Juiz de Fora, as operações de combate aos eventos clandestinos são realizadas em parceria entre as Secretarias de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (Sesmaur); Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc); Secretaria de Transportes e Trânsito (Settra); e Polícia Militar. Trata-se de um necessário e eficaz trabalho que não tem prazo para acabar.