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Mobilização

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A Tribuna mostra hoje as aglomerações desnecessárias que estão ocorrendo em agências bancárias para a realização de prova de vida. O procedimento é anual e obrigatório para todos os segurados da Previdência que recebem seu benefício por meio de conta corrente, poupança ou cartão. A proposta é evitar fraudes, mas, com a pandemia, o INSS vem prorrogando os prazos justamente para evitar filas desnecessárias.

Os flagrantes nas portas dos bancos feitos pela reportagem mostram, no entanto, que a informação não está chegando ao público-alvo. Ou, se chega, parece não ser suficiente para impedir que os beneficiários, justamente os mais frágeis diante do Sars-Cov-2, acreditem que terão mais tempo para cumprir suas obrigações com a Previdência. Mas a corrida às agências faz sentido. Há um histórico de descaso no Brasil com os aposentados, e, diante da gravidade da crise, o medo de ficar sem o dinheiro no final do mês é maior do que o de pegar a Covid-19.

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Uma bancária que tem visto as filas se acumularem todos os dias lamenta e teme pelos riscos. Mas é uma situação difícil, que também acontece em outros setores da cidade. Os pontos de ônibus da região central não deixam dúvidas de que evitar aglomerações tem sido uma tarefa difícil para o trabalhador que depende do transporte público para se locomover. Aqui, diferentemente da prova de vida, não há outra opção para o cidadão. Ele tem que enfrentar os coletivos lotados todos os dias se quiser garantir o sustento no final do mês.

Aglomerações como esta merecem uma atenção especial do Poder Público. Três Pontas, município mineiro com quase 60 mil habitantes, no início da pandemia, virou notícia nacional depois que contratou cem pessoas para orientar a população nas ruas e evitar concentrações em portas de bancos, lotéricas e comércio. Não se trata de copiar a ideia. Cada cidade, com seu porte e sua especificidade, deve apresentar suas soluções, conforme as complexidades que se apresentam.

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O Zé Gotinha, nas décadas de 1980 e 1990, foi a fórmula encontrada para sensibilizar os brasileiros para a importância da vacinação. Uma estratégia simples, com linguagem popular, que arrebatava crianças e pais durante as campanhas país afora. Agora, na iminência da liberação da vacina contra a Covid-19, é preciso saber dar o recado aos brasileiros sobre a importância da imunização em todo o território nacional. A campanha de distanciamento social e de uso de máscaras não cativou a todos. Mas a mobilização pela vacina não pode falhar.

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