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Cartas na mesa

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A adesão dos municípios da microrregião da Zona da Mata – que tem Juiz de Fora como referência – ao programa Minas Consciente do Governo estadual é a peça que faltava para a implementação de medidas conjugadas. Como já foi mostrado aqui neste mesmo espaço, todos têm que fazer o dever de casa, pois, do contrário, haverá comprometimento do projeto. Município sede com mais de 600 mil habitantes, mas com quase dois milhões se a região for levada em conta, a cidade acolhe uma demanda que precisa ser controlada na sua própria matriz. Só dessa forma será possível alcançar o número adequado de leitos de UTI na rede pública, para adoção de necessárias medidas de flexibilização.

Até então, o que estava em curso eram cobranças em cima apenas da Prefeitura de Juiz de Fora, enquanto os demais municípios agiam à revelia do projeto, uma vez que não tinham assinado o termo de adesão. Agora, alguns deles, ao participarem do pacto, talvez sejam induzidos até a rever algumas decisões.

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Tais discussões, no entanto, precisam ser ampliadas ou levadas cotidianamente ao público, a fim de garantir a eficácia de sua execução. Nesta segunda-feira, por exemplo, o presidente da CDL de Juiz de Fora, Marcos Casarin, vai mediar uma “live” com um representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento, para jogar luzes no programa elaborado pela gestão Romeu Zema. Isso mostra que os empresários, especialmente, ainda não foram devidamente esclarecidos sobre o que pode e o que não pode ou que tipo de ação devem desenvolver.

Casarin, ressalte-se, tem defendido a ciência, mas destaca que o setor produtivo precisa respirar, pois há o risco de se comprometer também outra parte da população pela falta de movimentação na economia. Para ele, a discussão tem que ser permanente para serem tomadas medidas responsáveis, sem qualquer viés de autoritarismo, mas capazes de dar margem para algum tipo de ação.

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As autoridades da saúde entendem que o pico da pandemia ainda não ocorreu em Minas, mas os próprios números indicam que as medidas tomadas até agora é que tiram o estado da lista dos mais comprometidos a despeito do tamanho de sua população. Com planejamento e envolvimento coletivo, será possível avançar nas questões prioritárias que precisam ser colocadas à mesa sem o viés político que costuma perpassar certas situações, sobretudo num ano eleitoral, quando, de uma forma ou de outra, os pontos de vistas se chocam ou o jogo de interesse partidário acaba influindo nas decisões.

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