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No dia 11 de janeiro de 2011, uma forte tempestade, de proporções até maiores do que a de terça-feira, provocou a morte de 917 pessoas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Os municípios mais afetados foram Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Bom Jardim. Os alagamentos e, especialmente, os deslizamentos de terra deixaram um rastro de morte que chamou a atenção do mundo inteiro.

O temporal da última terça-feira afetou principalmente Petrópolis, a maior cidade da região, e, até o fechamento desta edição, já eram contabilizados 67 mortos. Mas há desaparecidos, e a possibilidade de chuvas continua.

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Os dois episódios soam como tragédias anunciadas, pois a região é marcada por grandes encostas e, nem por isso, vedadas a qualquer tipo de habitação. Ao contrário, além das áreas críticas, nas quais a ocupação é comumente irregular, há também o viés de veraneio, com casas de luxo incrustadas nas montanhas.

Em 2011, quando ainda se fazia a contabilidade das vítimas e dos prejuízos materiais, foram anunciados investimentos de toda ordem para garantir a segurança na região. Houve, é fato, projetos nesse sentido, mas bem aquém da necessidade. O governador Cláudio Castro, que chegou à cidade ainda na noite de terça-feira, disse que terá apoio de verbas federais, mas admitiu tratar-se de um grande desafio das demandas acumuladas.

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Pelas redes sociais, a prefeita Margarida Salomão, ao prestar solidariedade ao povo petropolitano e anunciar campanha de recolhimento de roupas e alimentos para os flagelados, lembrou que Juiz de Fora também tem sofrido com as chuvas. “Nossa cidade está muito esburacada, alagada, desabada e enlameada, por mais que a gente corra atrás, os estragos estão aí”.

Na edição de domingo, a Tribuna apontou que a cidade tem cerca de 130 áreas de risco geológico monitoradas pela Defesa Civil. Esses locais – destaca a matéria das estagiárias Ester Vallim e Mariana Floriano, sob supervisão do editor Eduardo Valente – “são considerados suscetíveis à movimentação de terra, podendo resultar em deslizamentos e desabamentos de terrenos e edificações, principalmente no período chuvoso”. A situação se agrava pela ocupação desordenada nessas regiões, ampliando os riscos para a própria população.

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Enfrentar situação, como já foi destacado neste mesmo espaço, é uma ação permanente e continuada de governos. Os muitos desafios impõem não apenas ao Poder Público, mas também às demais instâncias de poder, um envolvimento capaz de captar recursos em todas as instâncias para, pelo menos, minimizar os impactos das chuvas.

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