Nesta quarta-feira, salvo algum contratempo, Ministério Público e Prefeitura devem participar de uma reunião de conciliação para tratar da volta às aulas. Os primeiros encontros foram inconclusivos, levando a questão para uma nova audiência. O sucesso do evento depende do espírito das partes, pois o acordo só é bom quando é bom para todo mundo. Caso contrário, a intransigência deixa tudo no status quo.
Não é de hoje que a volta às aulas entrou na agenda de entidades representativas e de instâncias governamentais diante da mudança de cenários nas ondas de restrição e, sobretudo, quando outros setores começam a passar por flexibilização. Entre prós e contras, deve prevalecer a razoabilidade, principalmente quando os dois lados têm sólidos argumentos para defender suas posições. Entidades escolares e pais de alunos entendem não haver razão para a cidade continuar sem aulas presenciais. Consideram que deve ser aberta, pelo menos, a opção, indicando para o modelo híbrido.
Com a imunização de professores e servidores que atuam na Educação, há fortes argumentos para avançar na questão, como fez o Estado, cuja previsão de volta é o dia 21 deste mês. Como condição sine qua non, o município – a quem cabe a última palavra – deve estar nas ondas amarela ou verde, de acordo com os protocolos do Minas Consciente. Restando apenas a edição de decretos, as cidades de Santos Dumont, São João Nepomuceno e Mar de Espanha devem fazer parte da experiência. Juiz de Fora não faz parte do programa, mas tem ações definindo o grau de flexibilização. O município, já há algum tempo, encontra-se na faixa vermelha, que, em tese, vedaria a volta às aulas presenciais.
Mesmo se houver volta às aulas no dia 21, as escolas devem entrar em recesso em julho, como ocorre todos os anos, o que leva a questão para agosto. Há quem considere que, daqui a um mês e meio, seja possível adotar a forma híbrida e voluntária, isto é, aos país caberia decidir qual modelo adotar, o que é razoável, mas deve estar fora de questão adiar a decisão para 2022, pois os danos serão irreversíveis para os próprios alunos.
A vacinação é a principal referência para a normalidade, mas, diante de um cenário em que outros setores já estão em plena atividade – alguns nem pararam -, a volta às aulas presenciais é alternativa mais em conta desde que feita sob medidas de segurança sanitária para todos até a plena imunização.