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Muito a fazer

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A Tribuna encerra neste domingo a série “Vidas perdidas”, que fez um amplo diagnóstico da violência em Juiz de Fora. Os repórteres Sandra Zanella e Marcos Araújo e o estagiário Pedro Capetti ouviram personagens dos dois lados do balcão: vítimas e autores. Colheram opiniões dos especialistas e das autoridades que estão na linha de frente desse embate, especialmente na polícia e no Judiciário. Detalharam políticas públicas e voluntárias que também estão envolvidas nesse processo e encontraram experiências de toda sorte. Há, sim, ações para reduzir a insegurança, embora essa percepção nem sempre seja captada pelas ruas.

Não há conclusão sobre o que deve ou não ser feito, mas é possível destacar que a sociedade não pode desistir. Trata-se de uma demanda diária, sem trégua e que ganha tons de dramaticidade com a divulgação dos fatos pelos meios formais de comunicação e, sobretudo, pelas redes sociais, que multiplicam as informações, embora nem sempre com veracidade.

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Esses novos tempos exigem também novas medidas, com discussão permanente sobre o que tem que ser feito. As autoridades precisam ser cobradas cotidianamente, e a implantação de políticas públicas deve ser uma missão do Estado. O Governo tem em sua posse vários planos, mas se recusa a ir adiante, embora reconheça-lhes a importância.

A cada mudança de comando do país, há a renovação da esperança. Cada gestão tem seu plano de segurança, embora o importante seria melhorar os que já estão fora do papel. A solução de continuidade gera custos e ineficiência, sobretudo por interromper até mesmo experiências que dão certo. O resultado são estados com seu aparelho policial sucateado e salários atrasados, gerando um passivo de insegurança para a própria sociedade.

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“Vidas perdidas” é um passo adiante nessa questão, pois o que colocou para a audiência não foram apenas histórias, mas também projetos de personagens, muitos deles anônimos, dispostos a fazer a diferença. Pena que nem sempre têm o respaldo das instâncias oficiais.

O ano é de eleições e é um bom momento para se colocarem, de novo, essas demandas na mesa. As lideranças políticas, do Legislativo e do Judiciário, precisam unir suas capacidades em busca de um caminho comum. Em vez disso, perdem tempo em desconstruir o outro, tipo o meu projeto é melhor, em vez de aprimorar o que já está em curso.

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Os números são claros, indicando que não há espaço para a leniência. A Tribuna, certamente, voltará ao tema, mas sob a expectativa de encontrar um cenário menos drástico. Que assim seja.

 

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