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Agenda permanente

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Com tantas mortes registradas no seu dia a dia, o Brasil está se tornando um dos recordistas da violência urbana. O número de homicídios tem marcas de guerras formais; em alguns estados, o aparelho de segurança está desmobilizado, e, em outros, a falta de equipamentos e de pessoal tornou-se uma constante. Mas há o lado positivo. Nunca se discutiu tanto a situação do país como nos últimos meses. Desde o lançamento, no início do ano, do Plano Nacional de Segurança do Governo Temer, por meio do então ministro da Justiça Alexandre de Moraes – hoje no STF -, vários eventos foram realizados para avaliar o projeto. Há muito a se fazer.

Em Juiz de Fora, a Câmara concluiu os trabalhos da Comissão Especial que apura o envolvimento das gangues na violência no município. Há pontos a considerar, mas as propostas apresentadas pelos vereadores são um passo adiante. A cidade e o seu povo não podem ficar inertes, sob o risco de se entrar num caminho sem volta. Uma sociedade engajada é capaz de virar o jogo, sobretudo quando todos os segmentos participam. Hoje, a violência não se esconde apenas em algumas regiões – embora haja as mais críticas -, sendo um patrimônio negativo de toda uma cidade. As ações contra o patrimônio, principalmente, se destacam sob o viés de violência, não se restringindo mais ao furto.
A Tribuna tem monitorado as muitas situações, destacando, sobretudo, os crimes contra a vida, que, a partir de 2012, entraram em curva ascendente. O Estado, a quem cabe a responsabilidade primária pela segurança, anunciou a implantação de novos projetos em Juiz de Fora, como o Fica Vivo, programa de sucesso em várias regiões, cujo mote principal é a redução dos homicídios. Será bem-vindo.
Mas é fundamental que a discussão sobre a segurança pública seja uma agenda permanente, a fim de garantir que os projetos não sofram solução de continuidade. O mundo vive tempos estranhos, devendo estar atento às muitas mudanças que estão ocorrendo. O perfil da violência é um deles.

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