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Etapas da imunização

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A Organização Mundial de Saúde está prestes a declarar o fim da pandemia da Covid-19, mas, enquanto isso não acontece, não faz sentido abrir mão da vacinação. Ao contrário, é por meio da imunização em massa que o mundo reduziu a letalidade do coronavírus. No Brasil, nos últimos dias, houve ligeira alta, mas nada que replique os números recentes.

O dado preocupante, porém, é a redução dos níveis de imunização. Apenas 35% da população acima dos 40 anos recebeu a quarta dose, o que valeu uma advertência do secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti: “Não podemos relaxar e esquecer o que aconteceu. Temos que nos preparar para o próximo ano, porque essa doença agora tem esse caráter sazonal e deve, obviamente, voltar a circular.”

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O secretário tem razão. A Covid ainda será registrada por um longo período e, a despeito da redução do número de casos, não pode ser colocada em segundo plano. Em Juiz de Fora, os postos de atendimento continuam administrando a vacina, inclusive para menores de 12 anos. De acordo com a Prefeitura, a primeira dose é aplicada para toda a população acima de 3 anos de idade, assim como a segunda dose. As terceiras doses são recomendadas aos maiores de 13 anos, e a quarta, apenas para os maiores de 18 anos.

É necessário reforçar a importância da vacina. A vida está voltando ao normal graças à imunização. Se hoje é possível andar sem máscara, frequentar toda a sorte de ambiente e participar de eventos, a causa está no combate direto ao vírus. Não há sentido abrir mão desses benefícios que durante pelo menos dois anos foram retirados dessa mesma população.

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O Brasil tem um histórico de vacinação e deve manter essa tradição sob o risco, em não o fazendo, de ser afetado não apenas pela Covid, mas também por outras endemias. Já foi registrado um aumento nos casos de meningite e outras doenças que até bem pouco tempo eram consideradas extintas.

A vacinação já saiu da agenda política há algum tempo, o que dá margem para avaliações desapaixonadas sobre a sua importância. Os idosos, sobretudo, são a ponta mais frágil desse processo, e, quando se registra que apenas 35% da população acima dos 40 anos não recebeu a quarta dose, necessariamente, eles fazem parte dessa estatística.

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A China, onde foram registrados os primeiros casos da Covid, ainda não resolveu totalmente o problema, sendo obrigada a sistemáticos lockdowns em regiões mais críticas. Tal postura ficou no passado brasileiro, e, para garantir que não haja o menor indício de repetição, imunizar a população em todas as etapas é uma necessidade.

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