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Brasil de amanhã

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Um dos principais desafios dos gestores será o que virá depois da pandemia, uma vez que o futuro é incerto em todos os segmentos. A economia terá que encontrar novas alternativas para sair da pressão que lhe foi imposta, enquanto a política precisará, necessariamente, avaliar o discurso ora adotado em torno do coronavírus. A contaminação tem danos colaterais intensos, e os dirigentes precisam estar atentos ao Brasil de amanhã.

O primeiro passo é ver como ficarão as cidades, o que é uma questão a ser levada para os fóruns de discussão eleitoral, uma vez que os gestores empossados em janeiro de 2021 serão responsáveis pela retomada. O que têm em mente é a indagação que os eleitores certamente farão na hora de definir o voto. Soluções mirabolantes não têm mais espaço, sendo preciso implementar projetos factíveis, o que não é fácil diante de tantas incertezas.

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As medidas de isolamento não sairão da pauta de uma hora para a outra, devendo continuar na ordem do dia das instâncias de poder. Embora muitos países, como a Rússia, por exemplo, já anunciem vacinas contra a Covid-19, ainda há um longo caminho a ser percorrido não só para verificar sua eficácia, mas também a sua implementação. O país carece de uma logística adequada para atendimento aos seus mais de 200 milhões de habitantes, a despeito de ser esta a expertise do ministro interino da Saúde. E as discussões têm sido áridas nesse sentido, com os governantes mantendo o mesmo modelo que levou o país a ser um dos recordistas no número de mortes. União, estados e municípios continuam adotando políticas estanques, salvo algumas exceções. Em Minas, há o diálogo do Governo do estado com boa parte dos municípios em virtude do Minas Consciente, mas até este teve que passar por mudanças para ampliar o número de adesões.

Os candidatos ao posto de prefeito ou prefeita, certamente, serão convidados a expor suas metas, pois um deles terá a responsabilidade de gerenciar uma nova etapa da pandemia, na qual as pressões para retomada dos negócios, volta às aulas e outros temas estarão diariamente na ordem do dia.

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E não são ações fáceis, pois os diversos segmentos têm uma visão própria de como lidar com o problema. Uns atuam única e exclusivamente voltados para o viés da saúde, outros trilham pela área econômica, e os que tentam conciliar as duas agendas ainda não conseguiram obter o necessário consenso para ir adiante. Mas não há como ser diferente. Todos os processos têm que estar à mesa, e o melhor jeito é colocar todos esses atores na mesma agenda para se encontrarem saídas que, mesmo que não sejam consensuais, sejam mais próximas do interesse coletivo.

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