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Aposta alta

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O impasse está sendo tratado como uma questão interna do partido, mas o enfrentamento entre correntes do PSDB para definição da nova Executiva e do papel a ser desempenhado diante do Governo Temer chama a atenção, sobretudo pelo papel que a legenda representa no cenário nacional. Desde a primeira eleição de Fernando Henrique Cardoso, os tucanos dividem com o Partido dos Trabalhadores o protagonismo na disputa presidencial. O PSDB venceu as duas primeiras, com o próprio FHC, e depois foi derrotado nas duas vitórias de Lula e de Dilma Rousseff. A questão, agora, é saber se diante de tantas polêmicas estará, de novo, no mesmo ringue.

Considerado um partido de grande mediação, até demais, de acordo com os seus críticos que cunharam o bordão “em cima do muro”, o PSDB vive o seu pior momento, na avaliação de seus próprios filiados, por conta, sobretudo, da queda de braço entre os que querem permanecer na gestão Temer e os que defendem o desembarque imediato. Entre os primeiros, o embate é capitaneado pelo senador Aécio Neves, que voltou a ganhar força ao destituir seu substituto interino, senador Tasso Jereissati, sem se importar, sequer, com o encerramento de laços antigos de amizade entre as duas famílias. O argumento foi de que era preciso equilibrar o jogo, já que o político cearense vai disputar a presidência do diretório nacional com o governador Marconi Perillo.

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Os defensores da permanência da aliança entendem que não faz sentido deixar o Governo à deriva, sem um forte apoio no Congresso, mas essa postura, além de não ser unânime no âmbito interno da legenda, também é questionada pelos demais aliados do presidente, que entendem ser hora de o PSDB ser tirado dos ministérios por conta de suas ambiguidades.

O desfecho desse enredo só será conhecido na convenção de dezembro, mas as eleições nos diretórios estaduais, neste sábado, serão emblemáticas, pois podem, pelo menos, apontar qual tendência será adotada na convenção nacional.

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