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Política em pauta

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O governador Romeu Zema e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, estão numa queda de braço em decorrência de ações de combate ao coronavírus. Pelo menos foi o que disse o prefeito ao revelar que recebeu a sugestão de aparecer ao lado do governador, como no lançamento de um hospital de emergência na parte externa do Mineirão (Estádio Magalhães Pinto). O prefeito, do jeito direto, disse que o projeto foi cancelado e fez duras críticas ao assessor. O Governo de Minas negou, dizendo que todos estão no mesmo lado na empreitada.

O enfrentamento à pandemia não está dissociado da política em parte alguma do mundo. O noticiário tem sido pródigo em mostrar embates ideológicos em vários países a despeito de o foco ser o mesmo de combate ao vírus. O modelo de atuação enfrenta divergência e não deveria surpreender, salvo quando compromete ações do Estado de proteção à população. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro e o seu ministro da Saúde, Henrique Mandetta, têm pontos de vistas distintos. Os governadores, jogados no meio da polêmica, recorrem à Organização Mundial de Saúde para tomarem suas decisões.

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No caso mineiro, embora o pleito estadual esteja previsto para 2022, já há vários ensaios de enfrentamento, especialmente entre o dirigente municipal e o governador, pois ambos são potenciais candidatos. Os demais acompanham a cena em silêncio, num gesto típico de mineiro, mas atuam nos bastidores. É do jogo, embora prematuro.

A questão em pauta passa por prazos. Os técnicos da saúde dizem que a pandemia ainda não chegou ao seu pico e recomendam o isolamento para evitar o colapso da rede de atendimento; outros setores, especialmente o produtivo, entendem que há margem para flexibilização, com funcionamento seletivo do comércio. A próxima semana será emblemática para ambos os lados.

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Tudo vai depender dos números diante dos reflexos que não se esgotam na saúde, embora seja esta a prioridade. O fechamento do comércio tem provocado uma expressiva parada na economia, que, no entendimento dos defensores de sua reabertura, terá consequências também muito graves.

Em Juiz de Fora, o prefeito Antônio Almas tem mantido a previsão do dia 30, mas, reconheça-se, não está infenso às sugestões. Conversar é a melhor proposta.

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