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Bateu-levou

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A campanha eleitoral ainda nem começou, e os pré-candidatos já mostram suas garras com discursos duros, e até ofensivos, indicando que, em vez de programas, vão optar pela desconstrução do oponente à base do jogo bruto.

Nesse salve-se quem puder, nem mesmo o viés ideológico está sendo levado em conta, pois não se trata mais de um enfrentamento entre direita e esquerda. Políticos identificados com o centro também estão no mesmo tom. O eleitor deve ficar preocupado, porque, em vez de propostas, estão optando pelo perigoso caminho do bateu-levou, que pode até agradar a alguns setores, mas, certamente, não é a melhor estratégia para a opinião pública.

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O estilo big-stick produz resultados no curto prazo; o eleitor gosta da língua afiada dos postulantes, mas começará, em determinada fase da campanha, a fazer perguntas: mas será só isso? Um país com tantos desafios não pode ficar à mercê do discurso raso. Os candidatos serão chamados a dizer o que pensam da política de segurança, da reforma tributária, de mudanças na Previdência e de um projeto de nação capaz de pacificar ânimos e colocar o país nos trilhos. Hoje, por conta do estilo pendular do Governo Temer, os investimentos estão pendentes, à espera do novo gestor. Por isso, não basta partir para a briga.

Campanhas propositivas podem se mostrar tediosas dependendo do estilo do apresentador, mas ainda são a via ideal para convencimento do eleitor. Com as redes sociais, o discurso com conteúdo se propaga com mais consistência, distante do estilo raso da pancadaria. Ademais, depois de tantos enfrentamentos, a cidadania quer saber o que deve esperar do futuro mandatário ou mandatária.

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