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Futuro incerto

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O modelo de concessão adotado pela Codemig para licitar o Expominas, por um período de uso de 15 anos, estabelecendo um pagamento mensal de R$ 100 mil, tornou-se um fator de resultado previsível. Em tempos em que a economia passa por sua pior crise, com uma recessão que já dura dois anos e com encolhimento do PIB em 7,2%, a proposta era inviável, não havendo, pois, qualquer surpresa quando não apareceram interessados no certame. A companhia não informou se irá realizar outra licitação e, muito menos, que medidas serão adotadas caso não apareçam candidatos para gestão do espaço.

Inaugurado em 2006, depois do lançamento de sua pedra fundamental no final da gestão Itamar Franco (1998/2002), o Centro de Convenções foi construído com o objetivo de acolher a demanda de eventos que já não tinham espaço em praças como Rio de Janeiro, São Paulo e, especialmente, Belo Horizonte, no ciclo virtuoso da economia. Em campanha para o Governo, o hoje senador Aécio Neves garantiu a conclusão da obra, da mesma forma que o Aeroporto Regional. Itamar olhava para o futuro quando idealizou os dois empreendimentos, apostando numa saída viável para a Zona da Mata, o patinho feio da economia mineira, apesar de seu grande potencial. O aeroporto, como a Tribuna mostrou na edição de domingo, começa a reagir, tornando-se uma opção viável. O Expominas ainda patina, mas é preciso não desistir de sua vocação.

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As lideranças empresariais e políticas – e aí destacadamente prefeito, vereadores e deputados – devem exigir do Estado que mantenha a proposta de tornar o espaço viável, estabelecendo políticas de ocupação que sejam factíveis, dispensando o ágio de R$ 100 mil mensal que inviabiliza propostas. O empreendimento, de fato, foi projetado para grandes eventos, mas não é hora de desistir. O que se espera, agora, são certezas, a começar pelos eventos já previstos. O silêncio da Codemig sobre o que será feito, após o fracasso da primeira concorrência, deixa em dúvida até mesmo o Minas Láctea, o maior evento do setor em Minas, patrocinado pela Epamig. Se já há preocupação quanto à sua realização, em razão de outros fatores – a despeito de a Epamig ter garantido que ele será realizado – , esse novo dado só amplia a apreensão.

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