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Guerra perdida

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O Governo faz novas mudanças no texto e anuncia que a transição para servidores não entra no documento final da reforma da Previdência. A meta é votar a matéria logo após o carnaval, mesmo diante da incerteza de apoio dos partidos aliados ao projeto. O presidente Michel Temer, que aposta suas últimas fichas, tem dito com mais frequência que seu sucessor – se o texto não passar este ano – terá muito mais dificuldades, pois serão necessárias novas medidas, por enquanto não contempladas na atual proposta. Mais duras, aliás. Durante sua passagem por Juiz de Fora, quando veio fazer palestra a convite do Grupo Bahamas, o ex-ministro Mailson da Nóbrega disse textualmente que a reforma é a principal demanda do Governo, pois trata-se de um ponto importante para garantir os direitos do trabalhador.

O ministro, por mera coincidência, citou exemplo semelhante ao editorial da Tribuna de terça-feira, quando revelou que a principal falha do Governo foi perder a guerra da propaganda. O que foi vendido à sociedade foi tão mal encaminhado que a oposição não precisou fazer muito esforço para convencer, especialmente, os trabalhadores que a reforma vai tirar-lhes direitos, em vez de ser uma aposta para o futuro. O ministro adverte ser preciso reverter o placar, pois chama de equívoco coletivo, inclusive de setores devidamente esclarecidos, considerar que o trabalhador será a principal vítima da reforma.

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O presidente Michel Temer até que tentou dar uma popularizada na matéria ao visitar programas como os de Sílvio Santos e Ratinho, no SBT, mas ele próprio não tem talento de vendedor. Com seu estilo professoral, com grande distanciamento do espectador, o presidente mais atrapalha do que ajuda, já que não consegue convencer ninguém da importância da reforma e de suas repercussões na vida de cada um.

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