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Novos ensaios

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É fato que as candidaturas tanto à Presidência da República quanto ao Governo dos estados só serão definidas no ano que vem, mas já é possível vislumbrar cenários ante a movimentação dos pré-candidatos. Alguns, como o ex-ministro Sérgio Moro, andam pelo país afora se apresentando como uma nova opção; outros, como o também ex-ministro Ciro Gomes, reformulam sua campanha para voltar ao páreo. Ambos disputam espaço na terceira via, que também tem outros interessados.

Um deles é o governador de São Paulo, João Doria. Ele venceu a prévia do PSDB, mas ainda tem que resolver demandas internas, já que, mesmo tendo sido escolhido por votação, sua vitória não pacificou a legenda. Seu principal adversário, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, recebeu a visita de Moro e não fechou portas. Ao contrário, deu margem para novas conversas, embora tenha dito que não tem planos de deixar o PSDB.

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O Novo, que tem no governador Romeu Zema seu único representante à frente de um estado, também lançou candidatura. O cientista político Felipe d’Ávila, já no seu primeiro pronunciamento, foi enfático ao defender a privatização de todas as empresas estatais, além de afirmar ter “nojo” de populismo na política.

Vários outros partidos terão candidatos, muitos deles apenas para acordos políticos, sobretudo no segundo turno. Ainda esta semana poderão ocorrer novos ensaios, fruto, sobretudo, de composições. O ex-presidente Lula tem conversado bastante com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, de malas prontas para desembarcar do PSDB. Seu viés tucano, no entanto, ainda não convenceu todos os petistas para ser o vice ideal da chapa.

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O presidente Jair Bolsonaro só tem uma certeza: o atual vice, general Hamilton Mourão, não será seu companheiro de palanque em 2022, mas não deu qualquer sinalização sobre o futuro vice em sua chapa de reeleição. O Centrão, representado especialmente pelo PL e pelo PP, não esconde o propósito de indicar o vice, mas são duas siglas formadas por profissionais da política, que agem no tempo certo. O primeiro passo é ocupar espaços no poder, e o PL de Wademar Costa Neto já está de olho na cadeira do ministro Tarcísio de Freitas.

E aí surge outra questão. O presidente quer o ministro como candidato ao Governo de São Paulo e defende sua filiação ao PL. Tarcísio não gosta de nenhuma das duas propostas. Quer disputar o Senado por Goiás e não se sente confortável num partido que sempre criticou. A semana poderá indicar novos caminhos.

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Em Minas, o governador Romeu Zema continua surfando nas pesquisas, mas seu principal oponente, o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, já começa a se movimentar fora dos limites da Região Metropolitana. Já esteve em Viçosa e deve visitar Ubá, ambas na Zona da Mata. Também – sempre aos fins de semana – já esteve em Uberaba.

Ainda há composições a serem feitas, mas não se desconhece que o processo sucessório já está nas ruas.

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