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Novo modelo

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A Prefeitura deve anunciar, ainda esta semana, o volume de seu investimento no transporte público, para garantir a tarifa a R$ 3,75 até o fim do ano. Esse é um ponto importante, que, no entanto, deve ser seguido por outras medidas. Na última quinta-feira, quando fez um balanço dos seis primeiros meses de sua administração, a prefeita Margarida Salomão assegurou que, ainda na atual gestão, irá promover uma revisão no sistema, que hoje se baseia praticamente nas passagens para garantir o funcionamento da frota. Tal modelo, de acordo com especialista, está ultrapassado, devendo, de fato, ser alvo de uma ampla discussão, inclusive com a participação do principal personagem: o usuário, que hoje não tem na cidade uma entidade que o represente formalmente.

A mobilidade urbana tornou-se um desafio em todo o mundo, pois o transporte coletivo precisa de outras ações para garantir a eficiência que dele se espera sem onerar em demasia o usuário ou quebrar as empresas. Os números apontam uma queda ostensiva de passageiros – e não apenas de ônibus – nas últimas décadas, bastando ver os dados de Juiz de Fora.

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As tentativas de mudança esbarraram na interrupção dos projetos, como do sistema troncalizado. Além de reduzir o número de ônibus no Centro da cidade, melhorando as condições de tráfego, ele seria também uma forma de reduzir os custos das empresas. Foi construída apenas uma estação de transbordo no Bairro Santa Lúcia, na Zona Norte, que hoje tornou-se sede do 27º Batalhão de Polícia Militar. Não deu certo por conta da descontinuidade do projeto, que implicava outras estações e correções. Em vez de Santa Lúcia, a primeira estação deveria ficar perto da passagem de nível na Avenida Presidente Juscelino Kubitschek, no Bairro Cerâmica. Na Zona Sul também havia previsão de um ponto, na altura do Alto dos Passos, mas essa obra sequer saiu do papel.

A CPI instalada pela Câmara Municipal no ano passado também apontou para a necessidade de mudanças, como ora ocorre nas principais cidades pelo mundo afora. Não faz sentido um usuário de curto trecho – por exemplo, apenas na Avenida Rio Branco – pagar a mesma tarifa de quem faz viagens de longa distância. Em boa parte dessas cidades o modelo híbrido é o mais adequado, com integração, mas em Juiz de Fora não há outro modal, o que implica, então, estudos para as devidas adequações.

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A discussão não se esgota nos ônibus, devendo envolver também táxis e aplicativos, a fim de criar alternativas para os usuários e estabelecer políticas que melhorem a mobilidade urbana. Com cerca de 600 mil habitantes, a cidade precisa de um sistema eficiente, hoje com problemas de ocupação e de qualidade.

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